quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

GRANDES ROEDORES DA FAUNA MUNDIAL ( O Castor ) "Parte 3"

Conservação em cativeiro


Castores americanos no Parque Zoológico Nacional Smithsoniano, em Washington D.C..
No passado, aproximadamente em meados do século XX, quando as populações de castores europeus tinham diminuído drasticamente devido à caça, se começaram a conservar alguns espécimenes de castores em cativeiro para que se reproduzissem e mais tarde fossem liberados na natureza, a fim de restabelecer suas colônias[10]. Estas conservações em cativeiro realizaram-se em vários países europeus, por exemplo, na Suíça[10]. Ao ir-se recuperando as populações, as liberações tornaram-se menos necessárias, pelo que agora só se conservam castores em cativeiro para seu estudo e exibição, como acontece nos jardins zoológicos.
Ao estar em cativeiro, os castores seguem tendo a necessidade de viver em grupos. Precisam de um recinto que tenha uma parte de terra e outra de água, a cada uma de extensão considerável (não menos de 50 m²)[10], e a água deve ter profundidade suficiente. Permanecem todo o ano ao ar livre, ainda que, em substituição de suas tocas, devem contar com lugares nos que possam refugiar-se no inverno[10].
É comum que tenham uma vida mais longa em cativeiro que na natureza. Em estado selvagem, têm uma esperança de vida de uns 10 a 12 anos, ainda que em ocasiões vivem até 15, enquanto cativos podem viver até uns 20 anos[4][41].

[editar] Habitat

Os castores habitam nas zonas ribeirinhas[42], e predominantemente em regiões frias[43]. O costume destes animais durante centenas de milhares de anos em seu habitat natural foi manter saudáveis e em bom estado aos ecossistemas aquáticos em que vivem, ainda que para um observador humano, vendo todas as árvores devastadas, em ocasiões pode parecer que estão fazendo justo o contrário. Na realidade o castor é uma espécie que trabalha como peça importante em seu ecossistema ao criar zonas úmidas que são úteis para muitas outras espécies. Após os humanos, nenhum outro animal modifica tanto o meio que o rodeia como o castor[10][11].

[editar] Diques


Dique no Parque Nacional Vulcânico Lassen, Califórnia.
Os diques são construídos pelos castores para proteger-se dos predadores, tais como coiotes, lobos e ursos, e para poder ter acesso fácil e seguro à comida durante o inverno[42]. Por outro lado, a função primordial desta barreira é deter o fluxo da corrente, a fim de criar uma represa com águas tranquilas onde os castores possam construir sem dificuldades suas tocas[42]. Com frequência, os castores constroem um dique menor rio acima para diminuir a força da corrente e assim reduzir a pressão que exerce esta sobre a toca[44]. Costumam dar manutenção a todas as estruturas, com o que pouco a pouco vão aumentando de tamanho. Os castores podem reconstruir seus diques principais em decorrência de uma noite, ainda que podem não defender os diques secundários tão vigorosamente. Os castores são famosos por ter construírem diques muito longos[45]. O mais longo que se conhece foi descoberto perto de Three Forks, Montana, e media uns 652 m de comprimento, 4 m de altura e 7 m de grossura na base[46]. Também sabe-se que estes longos diques costumam ser obra de só umas poucas famílias de castores aparentadas, e a cada família não costuma passar dos dez membros. Porém, os diques pelo geral não medem mais de 1,5 m de altura e uns 3 m de largura na base, se fazendo mais estreitos para a parte superior[44]. O comprimento do dique geralmente depende da corrente do rio. Além de longos, costumam ser muito resistentes, pois podem suportar o peso de uma pessoa[32].
O dique difere em forma de acordo com a natureza da corrente na que se encontra. Onde a água tem pouca força, é praticamente reto; onde a corrente é considerável, é curvo, com sua convexidade de frente para a corrente. Não se observou um processo particular para a edificação, excepto que o trabalho é realizado constantemente e que todas as partes estão construídas com a mesma solidez.
Pensa-se que é principalmente o som do água correndo o que estimula aos castores a construir[44]. No entanto, estudos realizados para analisar as atividades habituais dos castores indicaram que estes podem responder a uma variedade de estímulos, não só o som de água em movimento. Em dois experimentos demonstrou-se que, ainda que os castores empilharão material com um som emitindo sons de água correndo, só o fazem após um considerável período de tempo. Num desses experimentos, se observou que os castores enterravam os altifalantes que produziam o som até que não podiam o ouvir mais[47]. Adicionalmente, os castores, ao ser enfrentados com um cano que permitia a passagem da água através de seu dique, se encarregaram de deter o fluxo de água tampando o cano com lodo e varetas. Observou-se que os castores faziam isto inclusive quando o cano não produzia o som de água em movimento. Os castores costumam consertar os danos que tenha o dique e o construir mais alto enquanto o som continue. Porém, nas épocas onde os rios se tornam muito caudalosos, geralmente permitem que fluam com liberdade pequenas correntes através do dique.

Árvores a mais de 25 cm de diâmetro, derrubados por castores em uma noite.

Árvore cortada e abandonado por castores, provavelmente por ser muito grossa.
Os diques de castores podem ser prejudiciais; a inundação que provocam pode causar um amplo dano a propriedades, e quando a inundação ocorre junto a uma via de ferrovia, pode ocasionar descarrilhamentos. Ademais, se um dique chega a romper-se, isto resulta numa instantânea descarga de água que também pode causar danos dependendo da força com que sai a água. Esta interferência não se limita à geografia humana; os castores podem destruir habitats de nidificação para espécies em perigo, e com frequência derrubam árvores maduras sem dar-lhe nenhum uso aos troncos.
Por outro lado, a construção de diques é sumamente benéfica para a restauração das zonas úmidas. Outros benefícios incluem o controle de correntes, a biodiversidade (ao prover habitats para muitas espécies), a purificação da água de toxinas como os pesticidas e a retenção de lodo. Ao longo de éons, esta retenção de lodo produziu um solo fértil muito procurado pelos agricultores. Os diques também reduzem a erosão e diminuem a turbidez da água, o qual é um fator determinante para a vida aquática. Ainda que os castores podem causar danos, parte do problema é de percepção. Tais danos são bem visíveis logo após o início da atividade do castor na área, enquanto os benefícios dão-se em longo prazo e não se distinguem com facilidade, excepto por alguém que esteja a fazer uma monitorização pormenorizada da zona.

[editar] Controle de inundações

Um dique de castor tem uma certa elevação sobre o nível da água. Quando se apresentam fortes chuvas, o nível do rio se eleva e o dique gradualmente libera a água extra armazenada. Pelo geral isto é todo o que se precisa para reduzir a altura da onda de inundação indo pelo rio abaixo, e impede parcial ou totalmente o dano potencial às construções humanas que se encontram mais adiante. Desta forma, o dique ajuda a exercer um certo controle sobre as inundações. Os rios com diques de castores em suas correntes principais têm menores níveis máximos de água e maiores níveis mínimos, isto é, níveis de água mais constantes.
Quando ocorrem inundações prejudiciais ocasionadas pelos diques, se podem instalar aparelhos modernos de controle do nível da água para solucionar o problema. O dano não desejado às árvores pode se prevenir enrolando malha de alambre ou lâminas de metal ao redor das bases das árvores[48].

[editar] Criação de zonas úmidas


Represa seca após a ruptura de um dique.
Se uma represa criada por um castor torna-se pouco profunda devido à sedimentação que ocorre nela, ou se a fonte de árvores se esgota, os castores abandonam o lugar. Ao não receber manutenção, tarde ou cedo o dique se rompe e a água se escorre. A rica e grossa camada de lodo, ramos e folhas secas que se tenha por trás do antigo dique é o habitat ideal para as espécies de zonas úmida. Algumas das que se beneficiam com a criação destas zonas pantanosas são as lontras, certas aves aquáticas e muitos tipos de peixes. Grande parte delas já terão habitado anteriormente na borda da represa. As zonas úmidas têm importantes benefícios ambientais, já que além de servir como refúgio a um grande número de espécies, muitas também os usam para se alimentar e se reproduzir[49]. Para os salmões, por exemplo, as zonas úmidas e represas criadas pelos castores são muito úteis, pois nelas os exemplares mais jovens podem se esconder de seus predadores e se alimentar tranquilamente. Os humanos igualmente vêem-se beneficiados, pois das zonas úmidas provém uma valiosa fonte de água para qualquer uso, desde doméstico a industrial e agrícola[49]. Nas zonas úmidas maiores, pode-se utilizar o água para a produção de energia em centrais hidroeléctricas[49]. Também, devido à grande quantidade de peixes que habitam em suas águas, são muito valiosos para as atividades pesqueiras. As zonas úmidas profundas podem ser de utilidade para o transporte fluvial, e alguns são atraentes turísticos devido à diversidade de paisagens e espécies que podem avistar-se nelas[49].

[editar] Criação de pradarias

Ao inundar-se e secar-se uma zona úmida, as espécies de pastagem, como as gramíneas, o colonizam e este se converte numa fértil pradaria adequada para pastar. Em áreas onde não há nada mais que bosque, isto gera um valioso lugar para muitos animais (por exemplo, os alces) que de outra forma não poderiam se alimentar. Estas pradarias são zonas de terra planas, úmidas e bastante férteis, por seus solos que armazenam água durante todo o ano.

[editar] Bosque ribeirinho


Dique no Parque Nacional de Yellowstone. Observa-se a camada orgânica localizada na parte posterior do mesmo.
Finalmente o prado é colonizado por árvores ribeirinhas, por exemplo, Populus tremuloides, salgueiros e aquelas espécies que são as favoritas dos castores. Tendo acontecido isto, é possível que os castores recolonizam a área, e o ciclo comece de novo.

[editar] Eliminação de nutrientes

A eliminação de nutrientes na corrente, que se realiza nos estanques criados pelos castores, é um muito valioso processo. Numa corrente de água, a presença de fosfatos e nitratos é algo normal, pois fazem parte do processo de eutrofização, mesmo que ajuda ao crescimento de algas e plantas aquáticas. No entanto, a agricultura realizada perto dos rios com frequência incrementa as cargas destes e outros nutrientes na corrente, causando problemas rio acima quando a água é bebida. Além do lodo, os diques de castores coletam folhas, ramos e varetas produto das atividades dos castores, especialmente no outono. O principal componente deste material é a celulose. Muitas bactériasglucose e se utilizar como fonte energética. Bem como as algas obtêm sua energia da luz do sol, estas bactérias obtêm-na da celulose. Porém, esta fonte de energia —a celulose— não lhes basta para seu crescimento. Estas populações bacterianas enfrentam uma séria escassez de compostos nitrosos e fosforosos, pelo que absorvem estes nutrientes quando se topam com eles na corrente de água. Desta forma, estes e outros nutrientes são fixados na represa pelas bactérias e eliminados da corrente. produzem celulose, a qual pode se separar da

[editar] Eliminação de pesticidas e herbicidas

A agricultura também introduz herbicidas e pesticidas às correntes. As bactérias são um grupo extremamente variável e algumas destas substâncias são metabolizadas e decompostas pelos microorganismos que vivem no fundo rico em celulosa localizado atrás do dique de um castor.

[editar] Desnitrificação


Toca de castores, de aproximadamente 6 metros de diâmetro, em Ontário, Canadá.

Outra toca mais elaborada ao norte de Saguenay, Quebec.
Alguns cientistas acham que a cascata de nitratos, isto é, a produção de uma quantidade muito maior de nitrogênio fixado, o qual nos ciclos naturais pode se converter em nitrogênio gasoso, pode ser tão problemática para a ecologia como a produção de dióxido de carbono. É provável, ainda que não se demonstrou, que os diques de castores numa corrente podem contribuir à desnitrificação, que é a conversão de nitratos (NO3−) em nitrogênio gasoso (N2) e que só se consegue em condições anóxicas (sem oxigênio).
Nas plantas de tratamento de águas residuais, a desnitrificação consegue-se passando a água através de camadas sucessivas de organismos aeróbicos e anaeróbicos. Por baixo do dique de um castor ocorre um processo similar. Ao estar na represa criada pelo dique, a água se filtra à terra, e aí o oxigênio dissolvido nela é consumido pela fauna que vive na rica camada orgânica. Em certo ponto todo o oxigênio foi consumido e a terra torna-se anaeróbica. Este passo é fundamental pois a presença de oxigênio suprime o sistema enzimático que se requer para o desenvolvimento da desnitrificação. Este ciclo aeróbico-anaeróbico pode apresentar-se várias vezes ao longo da corrente, e em ocasiões a desnitrificação resulta dele. Durante a desnitrificação, primeiramente o nitrato converte-se em nitrito (NO3− → NO2−), mais tarde em óxido nítrico (NO), depois em óxido nitroso (N2O) e finalmente em nitrógeno gasoso (N2). Após todo o processo, a água regressa à superfície. Alguns gêneros de bactérias que podem participar neste processo são: Achromobacter, Alcaligenes, Bacillus, Flavobacterium, Lactobacillus, Micrococcus, Proteus e Pseudomonas, por mencionar alguns.

[editar] Tocas

Os diques bem mantidos bloqueiam a corrente de água, criando desta forma uma profunda represa que ajuda a isolar o lar dos castores: sua toca, conhecida também como cabana, uma estrutura de forma cônica onde a família de castores vive, e que é construída também com ramos e lodo, além de musgo e plantas. As entradas da toca encontram-se sob a água para evitar que fiquem bloqueadas quando a superfície da represa se congelar e para fazer quase impossível a entrada de outros animais (ainda que se encontraram ratos-almiscarados vivendo dentro de tocas junto com os castores que as construíram).
A toca em si consiste numa câmara principal, de até um metro de altura, cujo solo está ao nível da água e a onde chegam as entradas desde o exterior, que pelo geral são duas: a primeira, reta e inclinada, é usada para levar madeira ao interior, e a segunda, que desce à água de forma mais direta, é utilizada só para entrar e sair. Justo fora da primeira entrada, os castores mantêm armazenada sua reserva de comida para o inverno. Na verdade a toca costuma ter o andar a dois níveis diferentes como medida de proteção em caso que se eleve o nível da água durante o degelo de primavera. Apesar de que o ar se filtra através das paredes, também é comum que tenha uma seção mais aberta no teto que sirva para ventilar o interior e facilitar a entrada do ar.

[editar] Canais

Os castores são muito ágeis e relativamente velozes quando estão na água. Por outro lado, ao deslocar-se por terra são bem mais lentos. Isto lhes dificulta a tarefa de levar os materiais que utilizam para a construção de seus diques e tocas, especialmente troncos e ramos, até a represa onde vivem. Por isso, é comum que os castores construam canais de água que conectem a lagoa com a fonte de recursos que utilizam, por exemplo, um grupo de árvores. Graças aos canais, podem chegar nadando até o ponto desejado, e regressar à represa os materiais do mesmo modo. Desta forma, reduzem significativamente as distâncias que devem percorrer por terra, e portanto agilizam o seu trabalho. Estes canais medem aproximadamente 1 m de largura por 1 m de altura, e podem chegar a medir até 100 m de comprimento.

[editar] Utilidade comercial


Uma cartola feita com pele de castor feltrada.

Mapa do vale do rio Hudson com o desenho de dois castores, prova da importância que tiveram estes animais no desenvolvimento da região.
As peles de castor eram trocadas pelos nativos americanos no século XVII para conseguir bens europeus. Depois eram enviadas a Grã-Bretanha e França, onde eram convertidas em prendas. A extensa caçada e captura de castores pôs em perigo sua sobrevivência. Porém, chegou um momento em que o comércio de peles decaiu devido a sua demanda decrescente em Europa e à utilização dos terrenos de caça para apoiar ao setor agrícola em auge. Posteriormente se daria um pequeno ressurgimento na caçada de castores em algumas áreas onde tinha sobrepopulação destes animais; ainda que pelo geral a captura só se realiza quando a pele é valiosa, normalmente o resto do animal também se utiliza como alimento para outros animais. A única pele na América do Norteraposa vermelha, a qual se dizia que era mais de quarenta vezes valiosa. que superava à do castor em valor comercial era a da
Tanto os testículos de castor como o castoreum, uma secreção oleosa e amarga com um cheiro ligeiramente fétido contida nos folículos vaginais (fêmeas) ou prepuciais (machos) dos castores, foram artigos utilizados na medicina tradicional. Na medicina yupik (inuítes) usavam-se testículos secos de castor para aliviar a dor. Os testículos de castor eram exportados desde o Levante (uma região onde atualmente se encontram países como Israel e Síria) entre os séculos X e XIX. Claudio Eliano, um autor romano, descreveu que os castores se arrancavam a mordidas os testículos, seus órgãos mais valiosos, para que os caçadores não se interessassem em os matar. Os castores europeus foram caçados levando-os à beira da extinção, em parte para a obtenção do castoreum, que era usado como analgésico, anti-inflamatório e antipirético. Os romanos inclusive atribuíam-lhe propriedades abortivas à substância. Também se descreveu que o castoreum pode se usar contra a dismenorreia e condições histéricas —referentes ao útero—, já que eleva a pressão sanguínea e incrementa o ritmo cardíaco. Os efeitos que produz o castoreum foram creditados à acumulação de salicilina que os castores recebem dos salgueiros que compõem sua dieta, substância que se transforma em ácido salicílico e actua de forma muito similar à aspirina. Na natureza, os castores utilizam o castoreum para marcar seu território, ainda que também o podem usar para engordurar sua pelagem a fim de se proteger dos ataques e agressões externas. O castoreum também se chegou a usar na fabricação de chicles, e continua sendo utilizado na fabricação de perfumes; diz-se que foi Nostradamus quem descobriu que esta substância atuava como fixador de cheiros, propriedade que se aproveitou para fazer aos perfumes mais perduráveis. No entanto, na atualidade a utilização deste tipo de substâncias está muito controlada, pois tem-se em conta a sobrevivência das espécies.

[editar] Influência cultural

A cultura popular ocidental costuma representar a estes animais de forma positiva, como personagens bondosos e trabalhadores.

Página do Bestiário de Aberdeen que fala do castor e do íbex.
  • A importância do castor americano no desenvolvimento econômico, social e político do Canadá através do comércio de peles levou-o a sua designação como o animal nacional daquele país. Encontra-se representado na moeda canadense de 5 centavos e apareceu no primeiro selo postal posto em circulação nas colônias canadenses em 1849. O mascote eleito para os Jogos Olímpicos de Verão de 1976 celebrados em Montreal foi um castor que recebeu o nome de Amik ("castor" em algonquino), ressaltando o castor desta forma como símbolo nacional. São igualmente reconhecidos na heráldica: nos escudos das províncias de Manitoba, Alberta e Saskatchewan, bem como no escudo de Toronto, aparecem castores. O castor, além disso, é o emblema de muitas unidades e organizações dentro das Forças Armadas do Canadá, como os Engenheiros Militares Canadenses (Canadian Military Engineers).
  • Nos Estados Unidos, o Oregon é conhecido como Estado do Castor. O castor americano é seu animal símbolo desde 1969 e aparece no reverso da bandeira do Oregon. Além disso é o mamífero oficial de Nova Iorque e aparece no selo da Cidade de Nova York e em sua bandeira, isto devido à importância do comércio de peles nos primórdios da colonização da região.
  • O castor já era bem conhecido e inclusive estudado na Europa desde pelo menos a Idade Média; prova disso é seu aparecimento no Bestiário de Aberdeen, um compêndio de bestas utilizado para recompilar informação de diversos animais e que foi redigido na Inglaterra a fins do século XII. O Bestiário de Aberdeen descrevia o castor como sendo um animal gentil, cujos testículos tinham propriedades medicinais. Também dizia que, quando se lhes tentava caçar, estes arrancavam a mordidas os próprios testículos para salvar sua vida. Ao serem caçados pela segunda vez, simplesmente mostravam sua falta de órgãos e perdoava-se-lhes a vida.
  • Devido a suas habilidades carpinteiras, o castor converteu-se na mascote do Instituto Tecnológico de Massachusetts, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, da Universidade de Toronto e da Universidade do Estado do Oregon. Todas as equipas esportivas desta última instituição se chamam Oregon State Beavers e, da mesma forma, os alunos que estudam naquela entidade são conhecidos por Beavers. Também é o emblema da Escola de Economia e Ciências Políticas de Londres e dá nome ao jornal estudantil daquela instituição, chamado The Beaver.
  • No século XVII, baseando-se numa pergunta formulada pelo bispo de Quebec, a Igreja Católica opinou que o castor era um peixe ante as leis alimentícias. Portanto, a proibição geral de comer carne nas sextas-feiras de quaresma não se aplicaria à carne de castor. A base legal para esta decisão provavelmente relaciona-se com a obra Summa Theologiae de Tomás de Aquino, a qual estabelece a classificação animal tanto por seus hábitos, como pela anatomia.
  • Os castores tiveram grande influência nos nomes de cidades e povos, principalmente na América do Norte. Nos Estados Unidos da América há mais de uma dúzia de povos nativos cujos nomes significam "castor". Isto, no entanto, em certos casos não é tão evidente. Um exemplo disto é Tamaqua, um povoado na Pensilvânia (Estados Unidos), cujo nome se deriva da palavra iroquesa para "terra do castor". Na Europa igualmente há cidades cujos nomes foram inspirados pelos castores. Tal é o caso de Kastoria, uma cidade localizada no norte da Grécia, cujo nome possivelmente se relaciona com a importância que tiveram os castores no comércio de peles local. Os castores também influíram nos nomes de acidentes geográficos. O nome do Lac la Ronge, um lago localizado no centro de Saskatchewan, Canadá, provavelmente deriva-se da palavra francesa ronger (roer), em alusão à atividade dos castores.
  • O sr. e a sra. Castor (chamados na obra em inglês Mr. Beaver e Mrs. Beaver, respectivamente) são dois personagens importantes na clássica novela de fantasía do escritor norte-irlandês C. S. Lewis, O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa.
  • A criatura Bibarel da franquia Pokémon é de aspecto semelhante ao de um castor, e também realiza certas atividades próprias dos castores, como a construção de diques.
  • A rede Nickelodeon transmite The Angry Beavers, um programa de televisão infantil.
  • As personagens Toothy e Handy da série Happy Tree Friends são castores.
FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.

Nenhum comentário: