terça-feira, 28 de dezembro de 2010

PAÍSES DO MUNDO ( Israel ) "Parte 4"

Clima

As temperaturas variam muito em Israel, principalmente durante o inverno. As regiões montanhosas do país são frias, inclusive com ocorrência de neve; o pico do monte Hérmon é coberto por neve na maior parte do ano e Jerusalém recebe pelo menos uma queda de neve por ano.[136] Entretanto, cidades costeiras, como Tel Aviv e Haifa, têm clima mediterrâneo típico, com frio e chuva durante o inverno e com verão quente e seco. A maior temperatura no continente asiático (53,7 °C) foi registrada em 1942 no kibutz Tirat Zvi, no norte do vale jordaniano.[137]
De maio a setembro, a chuva em Israel é rara.[138][139] Com os escassos recursos hídricos, Israel tem desenvolvido diversas tecnologias de economia de água, incluindo irrigação por gotejamento.[140] Os israelenses também aproveitam a grande incidência de luz solar para a produção de energia solar, tornando a Israel, a nação líder em energia solar em uso per capita.[141]

O famigerado querogrilo, referido no Levítico, animal desconhecido na Europa durante muitos séculos.

[editar] Fauna e flora

A fauna e a flora nacionais são diversificadas, devido, em parte, a sua localização, na junção de três continentes. Na vida vegetal, mais de 2 800 plantas já foram catalogadas, entre o papiro e a peônia vermelho-coral brilhante. Ao longo do território há ainda um misto de flores cultivadas e plantas nativas: íris, açucena e tulipa, misturam-se ao açafrão e à cila, chamadas litófitas. Já em meio a vida animal de Israel, há uma grande variedade de espécies de borboletas e pássaros, entre 135 para um e 380 para o outro. Gazelas, raposas, gatos selvagens e outros mamíferos, formam a fauna dos bosques; Cabritos monteses vivem nos rochedos desertos; e camaleões e cobras juntam-se a oitenta espécies nativas de lagartos. Para preservar a vida das espécies animal e vegetal, o governo criou o Fundo Nacional Judaico, que atua na acumulação de água, no reflorestamento e na sua manutenção. Além disso, severas leis foram adotadas a fim de preservar a vida natural, tornando um ato ilegal até mesmo a retirada de uma flor nascida na beira da estrada; e a conscientização da população é promovida através de atos públicos como excursões guiadas, campanhas de esclarecimento, publicações e dentro das escolas.[142]

[editar] Demografia

Ver artigos principais: Demografia de Israel.
Ver página anexa: Lista de cidades em Israel
Em 2010, a população de Israel foi calculada em 7,587 milhões de habitantes.[143] Desses, segundo dados de 2009, mais de 300 000 cidadãos de Israel viviam em assentamentos na Cisjordânia,[144] como Ma'ale Adummim e Ariel e as comunidades que antecederam a criação do Estado, mas foram restabelecidas após a Guerra dos Seis Dias, em cidades como Hebron e Gush Etzion. Cerca de 18 000 israelenses vivem nas Colinas de Golã. Em 2006 havia 250 000 judeus residentes em Jerusalém Oriental. O número total de colonos israelenses é superior a 500 000 (6,5% da população). Cerca de 7800 viviam em assentamentos israelenses na Faixa de Gaza até terem sido evacuados pelo governo como parte do seu plano de retirada de 2005.

Tel Aviv, a segunda maior cidade do país.
Israel tem duas línguas oficiais, hebraico e árabe.[3] O hebraico é o idioma principal do estado e é falada pela maioria da população. O árabe é falado pela minoria árabe e por judeus que imigraram a partir de países árabes. A maioria dos israelenses se comunica razoavelmente bem em inglês, como muitos programas de televisão são em inglês e em muitas escolas começam a ensinar Inglês no início das aulas. Como um país de imigrantes, dezenas de línguas podem ser ouvidas nas ruas de Israel. Um grande afluxo de pessoas da antiga União Soviética e da Etiópia fizeram do russo e amárico línguas faladas em Israel. Entre 1990 e 1994, a imigração de judeus da antiga União Soviética fez com que a população israelense aumentasse em doze por cento.[145]
Ao longo da última década, os fluxos migratórios têm também incluido um número significativo de imigrantes não-judeus de países como a Romênia, Tailândia, China e um número de países da África e da América do Sul; estimar um número exato é difícil devido à presença de imigrantes ilegais, mas as estimativas executadas na região apresentaram cerca de 200 000 pessoas.[146]1948 é a mesma ou maior, quando comparado para outros países com imigração maciça.[147] Emigração da população israelense (yerida) para outros países, principalmente para os Estados Unidos e o Canadá, é descrito por demógrafos como modesta,[148][149] A retenção da população de Israel desde mas é muitas vezes citada pelos ministérios do governo israelense como uma ameaça importante para o futuro de Israel.
Israel foi criado com o propósito de ser uma pátria para o povo judeu e é muitas vezes referida como o Estado judeu. A Lei do retorno concede a todos os judeus e os de linhagem judaica o direito à cidadania israelense.[150] Um pouco mais de três quartos, ou 75,5%, da população são judeus de várias origens judaicas. Aproximadamente 68% dos judeus israelenses nasceram no país, 22% são imigrantes da Europa e das Américas e 10% são imigrantes da Ásia e da África (incluindo o mundo árabe).[151]

Cidades mais populosas de Israel

Posição Cidade Distrito População Posição Cidade Distrito População
1 Jerusalém Jerusalém 732.100 11 Bat Yam Tel Aviv 129.900
2 Tel Aviv Tel Aviv 390.300 12 Ramat Gan Tel Aviv 129.800
3 Haifa Haifa 267.000 13 Ashkelon Sul 107.900
4 Rishon LeZion Central 222.300 14 Rehovot Central 104.600
5 Ashdod Sul 204.400 15 Herzliya Tel Aviv 84.200
6 Beersheba Sul 185.800 16 Kfar Sava Central 81.400
7 Petah Tikva Central 184.200 17 Hadera Haifa 76.400
8 Netanya Central 174.000 18 Ra'anana Central 72.800
9 Holon Tel Aviv 167.300 19 Beit Shemesh Jerusalém 69.300
10 Bnei Brak Tel Aviv 147.800 20 Lod Central 66.900

[editar] Religião


O Muro das Lamentações, o local mais sagrado do judaísmo, com o Domo da Rocha ao fundo, em Jerusalém.

Terraços do Centro Mundial Bahá'í, em Haifa.
A afiliação religiosa dos judeus israelitas varia muito: 55% dizem que são "tradicionais", enquanto 20% consideram-se "judeus seculares", 17% definem-se como "sionistas religiosos"; os finais 8% definem-se como "judeus haredi".[152]
Perfazendo até 16,2% da população, os muçulmanos constituem a maior minoria religiosa de Israel. Dos cidadãos árabes de Israel, que representam 19,8% da população, mais de quatro quintos (82,6%) são muçulmanos. Dos restantes árabes israelenses, 8,8% são cristãos e 8,4% são druzos.[153]budistas e hindus, mantem presença em Israel, embora em menor número.[154] Os cristãos totalizam 2,1% da população de Israel e são constituídos de árabes cristãos e judeus messiânicos.[155] Membros de muitos outros grupos religiosos, incluindo
A cidade de Jerusalém é um lugar sagrado para judeus, muçulmanos e cristãos, pois sedia lugares que são fundamentais para suas crenças religiosas, como o Muro das Lamentações, o Monte do Templo, a Mesquita de Al-Aqsa e a Igreja do Santo Sepulcro. Outros monumentos religiosos de importância estão localizadas na Cisjordânia, entre eles o local de nascimento de Jesus, a tumbaRaquel em Belém e a Caverna dos Patriarcas, em Hebron. O centro administrativo da Fé Bahá'í e do Santuário do Báb estão localizadas no Centro Mundial Bahá'í em Haifa e do líder da fé, enterrado no Acre. Não existe uma comunidade Baha'i em Israel, embora seja um destino de peregrinações. Pessoas que seguem a Fé Baha'i em Israel não ensinam a sua fé a israelenses seguindo uma política rigorosa.[156][157] de
Israel figura entre os dez países com maior número de ateus ou agnósticos, e, com um total de 25,6% da população declarando-se ateísta, fica na quarta posição por países com maior proporção de ateístas no mundo.[158]
A grande maioria das pessoas seculares em Israel são de etnia judaica. Muitos judeus respeitam os feriados religiosos como algo comum, uma data estabelecida pelo governo, não são como seus país ou avós, que tinham fé na religião, afinal este era o legado de séculos passado de geração a geração, elo que unia o povo judeu e dava a ele um sentido de pertença a uma mesma comunidade. Hoje, os sabras já não sentem tanto a necessidade de seguir preceitos religiosos. Mesmo que entre os árabes haja também alguns indivíduos ateus ou não-religiosos, é mais comum entre os árabes de Israel, como um todo, encontrar pessoas bastante ligadas à religião, sejam elas cristãs ou muçulmanas, especialmente entre esses últimos. Embora as religiões, tanto o judaísmo quanto o islã, sejam responsáveis por uma boa do conflito árabe-israelense (por exemplo na questão de Jerusalém), a fé religiosa não é mais determinante na vida das pessoas, pelo menos para a maior parte dos judeus, que estão cada vez mais seculares (à exceção dos haredim). Os judeus laicos continuam a compartilhar um sentimento de identidade e a crença num destino comum, porém não mais é a fé que determina essa destino. Ainda assim, preocupa a radicalização entre uma parcela dos líderes religiosos, que têm bastante influência na política nacional. Há um certo medo da sociedade mais ampla de que o laicismo deixe de contar com o apoio dos políticos, com um aumento do poder dos ultra-ortodoxos.[159]

[editar] Política

Ver artigos principais: Governo de Israel e Política de Israel.

Knesset, o parlamento israelense.
Israel é uma democracia parlamentar[3] e o Presidente de Israel é o chefe de estado, mas suas funções são em grande parte simbólicas.[160] Um membro do Parlamento apoiado pela maioria dos parlamentares torna-se o Primeiro-Ministro, normalmente o presidente do maior partido. O Primeiro-ministro é o chefe de governo e chefe do Gabinete.[160] Israel é governado por um parlamento composto por 120 membros, conhecido como Knesset. A composição do Knesset é baseada na representação proporcional dos partidos políticos.[161] As eleições parlamentares são realizadas a cada quatro anos, mas o Knesset pode dissolver o governo, a qualquer momento, por falta de confiança na votação. O processo de paz, o papel da religião no estado e escândalos polítcos têm causado ruptura de coalizões ou a antecipação das eleições.[162] As Leis Básicas de Israel funcionam como uma constituição não escrita. Em 2003, o Knesset começou a redigir uma constituição oficial baseada nestas leis.[3][163]
Israel tem três níveis no sistema judicial. O nível mais baixo são magistrados judiciais, situados na maioria das cidades do país. Acima deles são tribunais de comarca, servindo simultaneamente como tribunais de apelação e tribunais de primeira instância, estão situados em cinco dos seis distritos de Israel. O terceiro nível e o mais elevado é a Suprema Corte de Israel, situada em Jerusalém. Serve um papel duplo como o mais alto tribunal de apelação e de Supremo Tribunal de Justiça. Nesta última função, o Supremo Tribunal dita as regras como um tribunal de primeira instância, permitindo que os indivíduos, os cidadãos e não cidadãos, façam uma petição contra as decisões das autoridades estatais.[164][165] Israel não é um membro do Tribunal Penal Internacional pois teme que o tribunal seja tendencioso contra ele, devido as pressões políticas de outros países membros.[166] Israel combina os sistemas jurídicos de common law inglês, o direito civil, e as leis judaicas.[3] esse sistema é baseado no princípio do stare decisis e é um sistema acusatório, onde as partes envolvidas no fato trazem provas perante o tribunal. Os precessos do Tribunal são julgados por juízes profissionais, em vez de jurados.[164] Casamento e divórcio estão sob a jurisdição dos tribunais religiosos: judeus, muçulmanos, druzos e cristãos.
A Lei Básica: Dignidade Humana e Liberdade visa defender os direitos humanos e das liberdades em Israel.[167] Israel foi classificada em 2009 como "livre" pela Freedom House em função do nível dos direitos civis e políticos;[168] os "Territórios Ocupados Israel/Autoridade Palestina" foram classificados como "não-livres."[169] No mesmo ano, os Repórteres sem Fronteiras classificaram Israel na 93ª posiçao entre 175 países em termos de liberdade de imprensa, ultrapassada em termos regionais pelo Kuwait, pelo Líbano e pelos Emirados Árabes Unidos. A Freedom House classificou o país como "parcialmente livre" em termos de liberdade de imprensa.[170] Grupos como a Anistia Internacional[171] e Human Rights Watch,[172] reprovam Israel em relação aos direitos humanos para o conflito árabe-israelense. As liberdades civis de Israel permitem a autocrítica, a partir de grupos como B'Tselem, uma organização israelense de direitos humanos.[173]

FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.

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