ESPAÇO -
15/08/2012 19h23
Nasa descobre um dos maiores aglomerados de galáxias do universo
Localizado a 5,7 bilhões de anos luz da Terra, o Phoenix pode ajudar os astrônomos a entenderam melhor sobre como se formam as galáxias
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A agência espacial americana (Nasa) anunciou nesta quarta-feira (15) a
descoberta de um aglomerado de galáxias que parece ser um dos maiores e
mais ativos objetos descobertos até agora no universo. O complexo foi
chamado de Phoenix (Fênix, em português), em alusão à constelação em que
se encontra.
Em conferência telefônica, o cientista Michael McDonald, do Instituto
de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, afirmou que se trata
de um objeto único que contém "a maior taxa de formação de estrelas
jamais vista no centro de um conjunto de galáxias". Os pesquisadores
descobriram Phoenix a partir de observações do telescópio Chandra, da
Nasa, e de outros oito observatórios internacionais.
O aglomerado de galáxias, localizado a 5,7 bilhões de anos luz da
Terra, pode levar os astrônomos a repensar a forma destas estruturas
colossais e até mesmo das próprias galáxias. McDonald disse que a
superestrutura é também o maior produtor de raios-X de qualquer grupo
conhecido, além de um dos mais sólidos.
Segundo os dados colhidos, a velocidade de esfriamento de gás quente
nas regiões centrais do agrupamento é ainda a maior já observada, o que
pode ajudar a fornecer informações sobre como se formam as galáxias.
"Apesar da galáxia central da maioria dos grupos ter estado inativa
durante bilhões de anos, a galáxia central nesse grupo parece ter
voltado à vida com uma nova explosão de formação estelar", explica
McDonald, coordenador do estudo que será publicado nesta semana no
periódico Nature.
Como outros aglomerados de galáxias, Phoenix contém uma enorme reserva
de gás quente, que por sua vez tem mais matéria que todas as galáxias do
conjunto combinadas. Este gás quente emite grande quantidade de
raios-X, esfriando rapidamente o centro do aglomerado, o que provoca um
fluxo de gás para o interior e a formação de um grande número de
estrelas, o que não é muito habitual.
Os astrônomos acham que o buraco negro supermaciço que costuma ser
encontrado na galáxia central destes conjuntos bombeia energia ao
sistema, o que evita que um esfriamento do gás ocasione uma explosão de
formação de estrelas. No entanto, no caso de Phoenix, os jatos de
energia desprendidos do buraco negro gigante da galáxia central não são
suficientemente potentes para prevenir o esfriamento, daí o grande nível
de atividade.
EK
FONTE: Revista Época
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