16/08/2012
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05h03
Pesquisa cria índice global de saúde dos mares
DO "NEW YORK TIMES"
Um grupo de cientistas acaba de produzir o primeiro índice global de
saúde dos oceanos, uma ferramenta que deve ajudar a avaliar o estado dos
mares da Terra.
O índice leva em conta os principais fatores que influenciam a qualidade
dos ecossistemas marinhos e das atividades econômicas que dependem
deles: a viabilidade da pesca, a presença de biodiversidade, a
capacidade dos mares de estocar gases do efeito estufa e o turismo,
entre outros quesitos.
Cada um dos dez fatores recebe uma "nota" de 0 a 100, que depois é
ponderada para chegar a uma nota da saúde geral do mar em cada região do
planeta.
A pesquisa, publicada na revista científica britânica "Nature", deu uma
pontuação de 60 à média da saúde dos mares do planeta. Entre as regiões,
a nota mais baixa, 36, foi para Serra Leoa, no oeste da África. A mais
alta foi 86, para a ilha Jarvis (desabitada), perto do Havaí. O Brasil,
com uma nota geral de 62, se saiu ligeiramente melhor que a média dos
países.
Editoria de Arte/folhapress | ||
"Não dá para fazer o manejo sustentável da saúde do oceano sem ter uma
ferramenta para medi-lo", explica Ben Halpern, diretor do Centro de
Avaliação e Planejamento Marinho da Universidade da Califórnia em Santa
Barbara e um dos líderes do projeto. Para ele, o índice dá às populações
que exploram os oceanos uma ideia de como suas práticas afetam os
recursos marinhos dos quais dependem para viver.
Segundo Halpern, a "nota" geral de 60 indica que, embora muita coisa
precise ser melhorada, "há coisas boas acontecendo" em termos de
conservação marinha.
A maioria das regiões marinhas estudadas pelo projeto ficam em águas a
uma distância máxima de 350 km da costa de cada país, as chamadas zonas
econômicas exclusivas nacionais, sobre as quais cada país tem direitos
de exclusividade de exploração.
No geral, países em desenvolvimento tiraram notas mais baixas, enquanto
as nações mais ricas tinham pontuação mais elevada. Há, porém, exceções:
países pobres como Seychelles e Suriname tinham pontuação alta, contra
notas baixas da Polônia e de Cingapura.
FONTE: Folha.com/Ambiente
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