sábado, 22 de dezembro de 2012

15 EVENTOS QUE AMEAÇAM A HUMANIDADE ( Artigo Científico ) "PARTE II"

Morte de estrelas

Causa: Cósmica
Tipo:
Global e Terminal
Já aconteceu antes?
Talvez
Quando uma estrela massiva chega ao final de sua vida, ela explode em uma gigantesca supernova. O fenômeno é tão brilhante que pode emitir tanto brilho quanto uma galáxia inteira. Depois de um tempo, que pode levar de algumas semanas a meses, ela vai perdendo luminosidade, até se tornar invisível. Por conta da enorme quantidade de energia desprendida no processo, as supernovas podem representar um sério perigo para sua vizinhança galáctica. 

Se esse tipo de fenômeno atingisse a Terra, as consequências seriam drásticas. A radiação emitida pela explosão pode danificar a camada de ozônio, deixando todos os seres vivos vulneráveis à luz ultravioleta emitida pelo Sol. Para os seres humanos isso representaria uma quantidade nunca vista de queimaduras e cânceres de pele, mas poderia ser fatal para uma grande quantidade de microrganismos importantíssimos para as cadeias alimentares do planeta. O desequilíbrio resultante poderia ameaçar todas as formas de vida do planeta. 

Por sorte, as supernovas são extremamente raras. Dentro de nossa galáxia, acontece uma a cada 50 anos. Os astrônomos já sabem que, para ter algum efeito na atmosfera terrestre, elas precisam acontecer há pelo menos 50 anos luz de distância. E todas as estrelas já catalogadas com tamanho suficiente para passar por esse tipo de fenômeno se encontram mais distantes do que isso. 

No entanto, esse não é o único tipo de perigo representado pela morte de uma estrela. Alguns tipos de supernova nova podem acabar com a estrela entrando em colapso, consumindo a sua própria matéria e formando um buraco negro. Esse fenômeno resulta na emissão de dois fortes jatos de raios gama dos dois polos da estrela. Esses jatos são tão poderosos que podem ser vistos a bilhões de anos-luz de distância. 

Seu efeito na atmosfera terrestre seria muito parecido com o da radiação emitida pelas supernovas, mas seu alcance é muito maior. Segundo os astrônomos, um jato desses teria efeitos desastrosos se atingisse o planeta a uma distância menor do que 10.000 anos-luz. Dois fatos tranquilizam os cientistas. O fenômeno é muito raro, e o mais perto já registrado aconteceu há 1,3 bilhão de anos-luz. Além disso, os jatos devem estar precisamente voltados para a Terra, o que, na imensidão do espaço, é pouco provável. 

Mesmo assim, pesquisadores estimam que o planeta possa ter sido atingido por esse tipo de fenômeno no passado. Em uma pesquisa de 2005, cientistas da Nasa e da Universidade do Kansas afirmaram que uma das extinções em massa registradas no passado terrestre pode ter sido causada por um jato de raios gama originado há 6.000 anos-luz. Eles afirmam que as características da extinção registrada no final do período Ordoviciano, há cerca de 450 milhões de anos, podem ser explicadas pelo fenômeno. À época, quando quase toda a vida se restringia ao ambiente marinho, 60% dos invertebrados deixaram de existir.
 
FONTE: Revista Veja/Ciência

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