quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

15 EVENTOS QUE AMEAÇAM A HUMANIDADE ( Artigo Científico ) "PARTE VI"

Supervulcão

Causa: Geológica
Tipo:
Global e terminal
Já aconteceu antes?
Sim
Em 1815, o vulcão Tambora, na Indonésia entrou em atividade, causando a maior erupção já registrada. A devastação foi enorme, matando entre 70.000 e 92.000 pessoas. O vulcão lançou uma quantidade tão grande de poeira e fragmentos na atmosfera, que bloqueou a passagem da luz do sol, causando o que se chama de inverno vulcânico. Por causa dos efeitos que o fenômeno teve no clima do hemisfério norte, o ano de 1816 ficou conhecido nos registros históricos como O Ano sem Verão. 
 
Toda essa destruição, no entanto, foi causada por um vulcão comum. Evidências geológicas encontradas em locais como Estados Unidos, Chile e Nova Zelândia apontam a existência de eventos ainda mais perigosos: os supervulcões, capazes de expelir milhares de vezes mais magma que os normais. 
 
Entre todos os que já foram encontrados, os cientistas estimam que o mais poderoso tenha sido o supervulcão Toba, que entrou em erupção na Sumatra há cerca de 74.000 anos. Segundo os pesquisadores, a energia liberada foi dezenas de milhares de vezes maior do que a liberada pela bomba de Hiroshima. O evento lançou 3.000 quilômetros cúbicos de poeira na atmosfera e deixou todo o sul asiático coberto de cinzas. Os cientistas debatem sobre o quanto a temperatura global caiu nos anos seguintes à erupção, mas os valores estimados vão de 3 a 15 graus Celsius. Alguns registros fósseis mostram que, na mesma época, a população humana quase foi extinta. Sobreviveram apenas alguns milhares de pessoas na África, dos quais descendem todos os humanos vivos hoje. 
 
Os pesquisadores ainda não sabem o que exatamente causa a erupção dos supervulcões. O que eles sabem é que eles são fenômenos extremamente raros. O mais recente aconteceu na Nova Zelândia, há 26.000 anos. Toba, o anterior, havia acontecido 50.000 anos antes. Os geólogos foram capazes de encontrar, até agora, os resquícios de cerca de 50 deles. Ao fazer os cálculos, eles viram que acontecem em uma média de 1,4 a cada milhão de anos. Com as áreas vulcanicamente ativas ao redor do mundo sob constante supervisão, os pesquisadores sabem que não existe nenhum supervulcão a caminho – pelo menos nos próximos anos.
 
FONTE: Revista Veja/Ciência

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