sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

15 EVENTOS QUE AMEAÇAM A HUMANIDADE ( Artigo Científico ) "PARTE VIII"

Inverno nuclear

Causa: Humana
Tipo:
Global e terminal
Já aconteceu antes?
Quase
Nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançaram bombas atômicas contra as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, levando ao fim da Segunda Guerra Mundial. O bombardeio matou entre 150.000 e 240.000 pessoas, seja por causa do impacto da explosão, de terríveis queimaduras ou do envenenamento radioativo. No entanto, o ataque representou mais do que um modo potencialmente cruel de encerrar uma guerra. Estava aberta uma nova era onde o homem possuía em suas mãos uma tecnologia que poderia exterminar toda a humanidade.
 
Os perigos só aumentaram durante as décadas seguintes, quando Estados Unidos e União Soviética entraram em uma corrida para ver quem era capaz de produzir o maior número de bombas nucleares, com o maior potencial destrutivo. A guerra nuclear se tornou um perigo real. O próprio presidente americano John F. Kennedy afirmou, durante a Crise dos Mísseis em 1962, que as chances de uma guerra nuclear entre as duas potências ficava entre um terço e metade. 
Além do enorme poder de fogo dos arsenais, que poderiam matar grande parte da humanidade, havia outro motivo para um potencial combate entre os dois países ameaçar a existência humana: o inverno nuclear. Alguns cientistas previam que, após a explosão de inúmeras bombas nucleares, a poeira levantada poderia cobrir todo o céu e impedir a passagem da luz solar. As pessoas que fossem capazes de sobreviver à guerra nuclear teriam de viver num mundo frio e estéril, sem grandes esperanças de recuperar a civilização. 
 
À época, as duas potenciais adotaram uma estratégia chamada de Destruição Mútua Assegurada, na qual os enormes arsenais atômicos garantiam que qualquer ataque fosse respondido de imediato. Se um dos países fosse bombardeado, o outro seria destruído logo em seguida. 
 
A estratégia tresloucada funcionou, ninguém foi atacado e, em 1968, 189 países assinaram o Tratado de Não Proliferação Nuclear, com a intenção de limitar a produção desse tipo de arsenal. As mudanças geopolíticas desde então, no entanto, mudaram o panorama e as possibilidades de uma guerra nuclear. Com o colapso da União Soviética, algumas de suas armas podem ter sido vendidas no mercado negro, e ido parar nas mãos de governos renegados e organizações terroristas – que não necessariamente se preocupam com a questão da destruição mútua assegurada. 
Hoje, acredita-se que nove países possuam armas atômicas em seu arsenal. Estados Unidos e Rússia possuem, juntos, cerca de 18.000 bombas. China, França, Inglaterra, Paquistão, Índia e Coreia do Norte também confirmam possuir esse tipo de armamento. O governo de Israel não confirma nem nega as notícias de que tenha esse tipo de arma. 
 
As campanhas pela diminuição dos arsenais também tiveram seus efeitos. Na década de 1990, a África do Sul se tornou o primeiro país a voluntariamente se livrar de todas as suas armas nucleares. E até hoje, as únicas bombas nucleares disparadas em meio a um conflito foram as de Hiroshima e Nagasaki.
 
FONTE: Revista Veja/Ciência

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