sábado, 14 de julho de 2012

QUEM MATOU ESTE HOMEM ( No ano 350 a.C, o homem de tollund foi enforcado e enterrado num pântano da Jutlândia, na Dinamarca. Em 1950, seu corpo foi encontrado incrivelmente preservado, graças ao solo ácido e à falta de oxigênio da água. Depois de muito estudá-lo, cientistas, agindo como detetives, fizeram descobertas intrigantes ) Veja; "PARTE I"

Quem matou este homem

No ano 350 a.C., o homem de Tollund foi enforcado e enterrado num pântano da Jutlândia, na Dinamarca. Em 1950, seu corpo foi encontrado incrivelmente preservado, graças ao solo ácido e à falta de oxigênio da água. Depois de muito estudá-lo, cientistas, agindo como detetives, fizeram descobertas intrigantes.


Texto e fotos de Johnny Mazzilli

 
A expressão serena do morto intriga os cientistas até hoje.


Os Homens de Tollund, de Grauballe, de Barremose e de Raevemosen. Mulheres de Elling, de Haraldskær e de Yde. Cada um desses corpos é um testemunho silencioso de histórias de vida e morte intrigantes ainda não desvendadas. Dezenas de cientistas se debruçaram sobre eles em busca de respostas que surgem precárias e fragmentadas, como retalhos da colcha do passado. Mas, pouco a pouco, um vislumbre de como se vivia e morria em tempos heroicos, na Dinamarca, aparece.
Nas planícies da Península da Jutlândia abundam solos de turfa resultante da decomposição de musgo, junco e arbustos, geralmente em áreas saturadas de água. Dois tipos de musgo, o Sphagnum e o Hypnum, crescem em ecossistemas ácidos e encharcados, como os pântanos. No passado, a turfa seca era usada como combustível. Cortada nos pântanos, era queimada em lareiras e fogões, aquecendo as casas e cozinhando os alimentos.
À direita, o cadáver nu, com gorro, corda no pescoço e cinto de couro. À esquerda, um pântano de turfa.


Em 6 de maio de 1950, os irmãos agricultores Emil e Viggo Hojgard (pronuncia-se Rôigord), após semearem uma lavoura, foram ao Pântano Bjaeldskov, localizado a 6 km da pequena cidade de Silkeborg, para cortar turfa para suas casas. Ao cavar o terreno arenoso e macio, a pá de Viggo bateu em algo duro. Removida a turfa, descobriu-se o corpo de um homem estrangulado por uma corda, cuja preservação induziu os irmãos a imaginar um assassinato recente. A polícia, entretanto, já tinha conhecimento do aparecimento de vários corpos semelhantes na área, no passado, e levou um arqueólogo ao local.
Assim, foi descoberto o corpo pré-histórico mais preservado que existe. Os exames da datação do carbono-14 revelaram que ele vivera por volta do ano 350 a.C. e morrera com aproximadamente 40 anos, durante a Idade do Ferro das tribos celtas da Europa Central. Tinha 1,61 metro de altura, cabelos ruivos e estava nu, apesar de vestir um gorro e ter um cinto de couro de 77 centímetros de comprimento em volta da cintura.


FONTE: Revista Planeta.

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