28/06/2012
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05h30
Reabre museu que recorda colega teuto-brasileiro de Darwin
FRANCIELE CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM BLUMENAU
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM BLUMENAU
Depois de quase quatro anos fechado, o Museu de Ecologia Fritz Müller finalmente voltou a receber visitantes em Blumenau (SC).
A casa onde funciona o museu sofreu com as fortes chuvas que atingiram a
região em 2008 e que causaram deslizamentos no terreno. Os pilares da
construção, erguida em 1852, ficaram expostos, e o museu foi fechado.
Prefeitura Municipal de Blumenau/Divulgação | ||
Fachada do Museu de Ecologia Fritz Müller, em Blumenau, SC, reaberto depois de 4 anos fechado. |
Com um investimento de R$ 80 mil, que incluiu aterramento e paisagismo, o
prédio foi recuperado e pode receber de novo o material das exposições,
que tinha sido levado para as casas de funcionários.
Mas ainda faltam reparos, principalmente no assoalho, que cedeu alguns
centímetros. Um muro terá de ser refeito, a fiação elétrica precisa ser
trocada e algumas coleções serão recuperadas.
A bióloga que trabalha no museu, Mabeli Espindola, afirma que já prepara
um projeto para fazer uma revitalização completa. A ideia é ter ajuda
de universidades públicas e da iniciativa privada para a tarefa.
O museu leva o nome do naturalista alemão Friedrich Theodor Müller. Ele
se mudou para o Brasil e se instalou em Blumenau em 1852, aos 30 anos,
para pesquisar a fauna e a flora do país.
Enquanto morou por aqui, Müller se correspondeu com cientistas
importantes, entre eles Charles Darwin. O trabalho dele trouxe apoio
empírico para a teoria da evolução.
A casa que abriga o museu foi a residência de Müller por cerca de 20
anos. Em 1936, o imóvel foi desapropriado para dar lugar ao Museu de
Ecologia, onde estão relíquias doadas por parentes do naturalista, como
um microscópio e um relógio de parede.
No museu, há seis salas que caracterizam os estudos realizados por Fritz
Müller. Entre as peças, estão fósseis e ossos de espécies em extinção
no bioma da mata atlântica e até lanças e utensílios indígenas da tribo
xokleng, originárias do vale do Itajaí.
Mas nem tudo está em Blumenau. Parte das coleções e pesquisas de Müller
está no Museu Nacional da UFRJ, no Rio de Janeiro. Os originais de
poesias estão espalhados em museus pelo mundo.
FONTE: Folha.com/Ciência
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