19/11/2012
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05h13
Cérebro de Einstein era mais complexo que o normal
DE SÃO PAULO
O físico Albert Einstein é considerado um dos maiores gênios de todos os
tempos. Um estudo de 12 novas fotografias do cérebro de Einstein
concluiu que sua massa cinzenta é realmente diferente em vários
aspectos.
O fascínio vem de longa data: enquanto realizava a autópsia do físico,
morto em 1955, o patologista Thomas Harvey removeu seu cérebro e o
conservou em formol, tirando uma série de fotos antes de cortá-lo em 240
blocos. Ele então seccionou os blocos em cerca de 2000 lâminas para
estudo microscópico e nos anos seguintes distribuiu as fotos e as
lâminas do cérebro a alguns importantes pesquisadores pelo mundo.
A autópsia revelou que o cérebro de Einstein era menor que a média e
análises subsequentes não mostraram nada de anormal. Caso encerrado,
aparentemente.
Décadas mais tarde, pesquisadores procuraram Harvey atrás de algumas
amostras do cérebro do físico e perceberam características incomuns
quando as analisaram.
Os estudos realizados mostraram que partes de seu cérebro continham uma
quantidade anormal de um tipo de células chamadas gliais para cada
neurônio. E que uma área de seu cérebro, o lobo parietal, relacionado a
funções espaciais e visuais, continha um padrão diferente de sulcos e
rugas.
Divulgação | ||
O físico de origem alemã Albert Einstein |
NOVO ESTUDO
Agora, a antropóloga Dean Falk da Universidade do Estado da Flórida e
colegas, analisaram 12 fotografias do cérebro de Einstein e compararam
seus padrões estruturais com os de outros 85 cérebros de outros estudos.
A descoberta mais importante refere-se aos padrões extremamente
complexos de certas partes do córtex cerebral de Einstein,
principalmente nos córtex pré-frontal e visual.
O córtex pré-frontal é especialmente importante para o pensamento
abstrato e para a realização dos famosos experimentos mentais do físico,
como aquele em que se imaginou apostando uma corrida com um raio de
luz.
Falk também percebeu características incomuns no córtex
somatossensorial, que recebe informações sensoriais do corpo. Os
pesquisadores sugerem que tais áreas podem estar relacionadas às
habilidades de Einstein com o violino.
Para Sandra Witelson, neurocientista que já estudou o cérebro do físico,
"isso deve servir como um incentivo para outras investigações do
cérebro de Einstein e das consequências de suas variações anatômicas".
FONTE: Folha.com/Ciência
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