21/07/2011
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12h08
Restos mortais de aliado de Hitler serão cremados e jogados ao mar
DA BBC BRASIL
Os restos mortais de Rudolf Hess, um dos políticos mais próximos do líder nazista Adolf Hitler, serão cremados e jogados ao mar.
O túmulo que guardava os restos mortais de Hess no cemitério de
Wundiesel, no sul da Alemanha, foi destruído. Os ossos foram exumados na
manhã de quarta-feira, para acabar com a peregrinação de neonazistas ao
local.
Hess foi capturado na Grã-Bretanha em 1941 e sentenciado à prisão
perpétua. Em 1987, ele cometeu suicídio na prisão de Spandau, em Berlim,
aos 93 anos.
Em seu testamento, Hess pediu para ser sepultado em Wunsiedel, na região
de Baviera, onde sua família tinha uma casa e onde seus pais já estavam
sepultados.
De acordo com o jornal "Sueddeutsche Zeitung", a igreja luterana local,
que cuida do cemitério, deu permissão para seu sepultamento na época,
alegando que os desejos de Hess não poderiam ser ignorados.
PEREGRINAÇÃO
A igreja luterana e a população de Wunsiedel começaram a se preocupar
com o grande número de grupos de extrema direita que visitavam o túmulo
de Hess. A cada ano, no aniversário de sua morte, neonazistas tentavam
organizar passeatas até o cemitério.
Nessas ocasiões, os neonazistas depositavam coroas de flores e faziam
saudações ao túmulo, cujo epitáfio trazia a frase "eu ousei".
Uma ordem da Justiça, emitida em 2005, proibiu essas manifestações, mas
ela não foi obedecida. Por isso, a igreja local decidiu encerrar o
aluguel do túmulo pela família a partir de outubro de 2011.
De acordo com o "Sueddeutsche Zeitung", uma neta de Hess foi contra a
decisão. Ela entrou com um processo para tentar evitar a aplicação da
decisão da igreja, mas foi convencida pelo conselho da paróquia a
desistir do caso e permitir a exumação.
Hess era um dos integrantes do regime nazista mais próximos de Adolf
Hitler, sendo nomeado "vice-Führer" e "ministro sem pasta" nos anos
1930.
Em 1941, ele foi até a Escócia, onde foi lançado de paraquedas durante o
que poderia ter sido uma missão de paz não-autorizada, em uma ação
condenada por Hitler.
Durante o resto da Segunda Guerra Mundial, Hess permaneceu preso pelas
autoridades britânicas. Depois da guerra, em 1946, ele foi condenado à
prisão perpétua, no famoso julgamento de Nuremberg.
Hess passou 40 anos em Spandau, tornando-se o último nazista mantido
preso, até ser encontrado enforcado em sua cela em agosto de 1987.
FONTE: Folha.com/BBC Brasil
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