quinta-feira, 21 de julho de 2011

TELESCÓPIO CAPTURA IMAGEM DE SUPER BOLHA QUE ENVOLVE BERÇÁRIO DE ESTRELAS ( Astronomia )

20/07/2011 - 13h10

Telescópio captura imagem de super bolha que envolve berçário de estrelas

Do UOL Ciência e Saúde
Em São Paulo

O Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul (ESO) capturou uma imagem extraordinária da nebulosa que envolve o aglomerado estelar NGC 1929 situado na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da nossa própria Via Láctea. Esta maternidade estelar é dominada por o que os astrônomos chamam uma super bolha. Este objeto está sendo esculpido tanto pelos ventos ejetados pelas estrelas brilhantes jovens como pelas ondas de choque originárias das explosões de supernovas.
A Grande Nuvem de Magalhães é uma pequena galáxia vizinha da Via Láctea. Possui muitas regiões onde nuvens de gás e poeira estão formando novas estrelas. A nova imagem mostra em grande plano uma dessas regiões, situada em torno do aglomerado estelar NGC 1929. Esta nebulosa é oficialmente conhecida por LHA 120-N 44, ou apenas pelo diminutivo N 44. As estrelas jovens quentes do NGC 1929 estão emitindo radiação ultravioleta extremamente intensa, o que faz com que o gás em sua volta brilhe. Este efeito põe em evidência a superbolha, uma vasta concha de matéria com um tamanho de cerca de 325 por 250 anos-luz. Em termos de comparação importa dizer que a estrela mais próxima do Sol se encontra a uma distância de pouco mais de quatro anos-luz.
A super bolha N 44 formou-se devido à combinação de dois processos. Primeiro, ventos estelares - correntes de partículas carregadas emitidas por estrelas muito quentes de grande massa situadas no centro do aglomerado - limparam a região central. Seguidamente, estrelas de grande massa do aglomerado explodiram como supernovas criando ondas de choque e empurrando o gás para fora formando-se assim uma bolha brilhante.
Embora a super bolha seja formada por forças destrutivas, estrelas novas estão se formando em torno dos limites onde o gás está sendo comprimido. Tal como reciclagem em escala cósmica, esta próxima geração de estrelas trará vida nova ao NGC 1929.

FONTE: UOL Notícias/Ciência

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