Brasil 'protege árvores mas não pessoas' na Amazônia, diz jornal
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Para jornal, 'progresso em reduzir desmatamento é ofuscado por assassinatos brutais'
Uma reportagem do jornal britânico The Guardian afirma que o Brasil "protege as suas árvores, mas não as pessoas" na Amazônia.
Para o jornal, "progresso em reduzir desmatamento é ofuscado por assassinatos brutais".
Para o jornal, "progresso em reduzir desmatamento é ofuscado por assassinatos brutais".
A reportagem de página inteira assinada de Marabá, no Pará, aborda a
prática recorrente de assassinatos de ambientalistas na região Norte do
país, o mais recente, do ativista José Cláudio Ribeiro da Silva e sua
esposa, Maria do Espírito Santo.
Ambos "foram os mais recentes de uma série de ambientalistas
assassinados pela causa na Amazônia brasileira", afirma a reportagem.
Após 15 anos de campanha contra madeireiros ilegais, produtores de
carvão vegetal e pecuaristas, ambos foram mortos perto de casa em maio.
"Nos últimos anos, o governo brasileiro fez progresso significativo na
contenção da destruição da maior floresta tropical do mundo, reduzindo a
área de floresta perdida de 27 mil quilômetros quadrados em 2004 para
apenas 6 mil quilômetros quadrados no ano passado", nota a reportagem.
"Mas uma onda de assassinatos brutais sublinhou uma verdade
desconfortável: as autoridades podem parar a derrubada das árvores até
certo ponto, mas não o abate dos ambientalistas."
A reportagem lembra que a morte de Zé Cláudio, como era conhecida a
vítima mais recente, foi o caso mais proeminente de execução de
ativistas na Amazônia desde o assassinato da missionária americana
Dorothy Stang no Pará em 2005.
Ele tinha "anunciado" a sua própria morte seis meses antes de ser executado.
"Poucos acreditam que estas mortes serão as últimas. Muitas partes da
Amazônia brasileira continuam proibidas para ambientalistas, enquanto
autoridades ambientais só viajam para certas regiões sob escolta da
polícia fortemente armada com rifles e apoio de helicóptero."
Entrevistados pelo jornal acreditam que o governo poderia ter feito
mais para proteger Zé Cláudio e sua esposa. Assustada, a família nunca
mais voltou para casa, em um assentamento florestal.
FONTE: UOL Notícias/BBC Brasil
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