Museu da Califórnia mostra raros artefatos de tumbas chinesas
JORDAN RIEFE
DA REUTERS, EM LOS ANGELES
DA REUTERS, EM LOS ANGELES
O Museu Bowers, no sul da Califórnia, abre nesta semana a exposição "Guerreiros, Tumbas e Templos: O Legado Duradouro da China".
A exposição chega a ter um recipiente que costuma guardar o que seria um
osso do dedo de Buda --apesar de que o osso em si não fez a viagem até o
Bowers, como de fato raramente viaja.
Os artefatos, que ficam no museu entre o último sábado (1º) até 4 de
março de 2012, foram escavados em uma área-chave próxima da província de
Xian in Shansi, onde terminava a Rota da Seda e foi capital das três
grandes dinastias da unificação: Chin, Han e Tang.
Bowers Museum/Reuters |
Dois dos guerreiros de terracota expostos no Bower Museum em Santa Ana, Califórnia, em mostra que vai até março |
"Depois de Buda ser cremado, seus restos foram vasculhados ao máximo",
explica Peter Keller, presidente do Bowers. O osso foi encontrado no
templo Famen, construído na dinastia Tang (618-907 d.C.).
"Quando constroem um templo, utilizam um ´depósito fundador', o que
seria um objeto sagrado enterrado abaixo do templo", explica Suzanne
Cahill, curadora.
O templo foi selado em 874 d.C., mas os tesouros ao redor do artefato
foram redescobertos em 1987, depois que um pagode da dinastia Ming
desmoronou.
Incluíam um dragão dourado delicadamente esculpido, ornamentos para a
cabeça com jóias, uma caixa prateada e trabalhos de vidro de influência
persa, itens nunca vistos fora da China.
Muitos destes itens fazem sua estreia mundial no museu californiano,
junto com soldados de terracota da dinastia Chin (221 - 207 a.C.). Um
deles tem face verde, e testes indicam que a colorização, rara entre as
milhares de esculturas como esta, foi de fato pintada, e não é resultado
de oxidação.
O soldado e seus colegas montavam guarda sobre a tumba de Qin Shi Huang,
o primeiro imperador da China. Em apenas 14 anos, reunificou o país,
padronizou a língua e conectou os fragmentos espalhados do que hoje é a
Grande Muralha.
FONTE: Folha.com/Turismo
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