Nostradamus
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Michel de Nostredame | |
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Conhecido(a) por | Profecias |
Nascimento | 14 de dezembro ou 21 de dezembro de 1503 (Saint-Rémy-de-Provence, França |
Morte | 2 de julho de 1556 (52 anos) Salon-de-Provence , França |
Nacionalidade | Francesa |
Ocupação | Apotecário, autor, tradutor, consultor astrológico |
Michel de Nostredame ou Miquèl de Nostradama,[1] mais conhecido sob o nome de Nostradamus (Saint-Rémy-de-Provence, 14 de dezembro de 1503 ou 21 de dezembro de 1503[2] — Salon-de-Provence, 2 de julho de 1566), foi um apotecário e médico da Renascença que praticava a alquimia (como muitos dos médicos do século XVI). Ficou famoso por sua suposta capacidade de vidência. Sua obra mais famosa, As Profecias, é composta de versos agrupados em quatro linhas (quatrains), organizados em blocos de cem (centuries); algumas pessoas acreditam que estes versos contém previsões codificadas do futuro[3].
Sofria de epilepsia psíquica, de gota e de insuficiência cardíaca. Morreu em 2 de julho de 1566 em Salon-de-Provence, vítima de um edema cárdio-pulmonar.
Biografia
Infância e origens
Michel de Nostredame nasceu no dia 14 de dezembro de 1503 (ou 21 de dezembro de 1503)[2] em Saint-Rémy-de-Provence, no sul da França.
Seus pais eram Jaumet (ou Jacques) de Nostredame e Reynière (ou Renée)
de Saint-Rémy. Filho mais velho do casal (eram 8 filhos), seu Nostredame vem de seu avô (judeu), que escolheu o nome de Pierre de Nostredame quando se converteu ao catolicismo, provavelmente em 1455 [4].
Reyniére era filha de René de Saint-Rémy (filho de Jean V de Saint-Rémy
e Silete) e Béatrix Tourrel (filha de Jacques Tourrel). Já Jaumet era
filho de Pierre de Nostredame, nascido Pierre de Vélorgues (filho de
Amauton de Vélorgues) e Blanche de Sante-Marie (filha de Pierre de
Sante-Marie e da senhora de Labia).
Época de estudante
Quando tinha 15 anos, Nostredame entrou na Universidade de Avignon
para cursar o bacharelado. Depois de pouco mais de um ano, quando ele
estava estudando o Trivium (gramática, retórica e lógica), teve que sair de lá por causa de uma epidemia de peste negra.
Depois de deixar Avignon ele viajou pelo país por oito anos, de 1521 a
1529, em busca de ervas medicinais. Em 1529, após alguns anos como
apotecário (farmacêutico), ele entrou na Universidade de Montpellier para cursar doutorado em medicina.
Em 1530, ele foi expulso da universidade porque eles descobriram que
ele era apotecário (e isso era proibido segundo os estatutos da
universidade).[5] O documento de expulsão (BIU Montpellier, Register S 2 folio 87) ainda se encontra na biblioteca da universidade.[6]
Depois da expulsão, Nostredame voltou a ser apotecário e se tornou
famoso por criar uma "pílula rosa" que supostamente protegia as pessoas
daquela praga por conter altas doses de vitamina C.[7]
Química
Nostradamus foi o primeiro a descrever o ácido benzoico, obtido por sublimação da goma de benjoim, obtida do benjoeiro [8]. felipe
Casamentos
Em 1531, Nostredame foi convidado por Julius Caesar Scaliger, um líder polímata, para ir a Agen.[9] Lá ele casou-se com uma mulher de nome ainda incerto (provavelmente Henriette d'Encausse), e teve dois filhos com ela.[10]
Em 1537, sua esposa e os dois filhos morreram supostamente por causa da
peste negra. Então viajou pela França e provavelmente pela Itália.[9]
Em 1545, ele ajudou o físico Louis Serre para combater um surto da praga em Marselha e depois em Salon-de-Provence e Aix-en-Provence. Depois, em 1547, casou-se com uma viúva chamada Anne Ponsarde Gemelle e teve seis filhos com ela (três filhos e três filhas).[9]
Carreira como vidente
Com seus conhecimentos sobre o ocultismo e com a sua habilidade de
prever o futuro, começou a escrever uma série de almanaques anuais,
sendo o primeiro lançado em 1550, e passou a utilizar o seu nome em
latim, de Nostredame para Nostradamus. Quando ele lançou o livro Les Propheties
(As Profecias), muitas pessoas passaram a pensar que ele era o demônio e
o chamavam de herege. Mas outras classes sociais aprovaram a
publicação, porque suas centúrias inspiravam profecias espirituais.
Então o livro chamou a atenção de Catarina de Médicis, esposa de Henrique II de França,
que era uma grande admiradora de Nostradamus, e depois ela o chamou
para Paris para perguntar a ele qual seria o futuro de seus filhos
através do horóscopo.
Últimos anos e morte
Em 1566, a gota se transformou em edema.
Em 1 de Julho, um dia antes de morrer, Nostradamus supostamente previu a
sua própria morte, dizendo ao seu secretário Jean de Chavigny: "Você
não me achará vivo ao amanhecer". No dia seguinte, ele foi encontrado
morto próximo de sua cama e de um banquinho (Presságio 141
[originalmente 152] em Novembro de 1567, que foi postumamente editado
por Chavigny para adaptação).[6][11]
Ele foi enterrado em uma capela local Franciscana (parte da capela foi
depois incorporada ao agora restaurante La Brocherie) e depois foi
novamente enterrado no Collégiale St-Laurent durante a Revolução
Francesa, onde está enterrado até os dias de hoje.[9]
Carreira e vida pessoal
As profecias de Nostradamus encontram-se ligadas à história do catolicismo,
e, em prefácios, ele aponta esta preocupação claramente. Foi
considerado como homem erudito, além de seu tempo e aliava-se ao fato de
conhecer o latim e talvez o grego , que lhe possibilitavam obter conhecimentos de fontes importantes. Sua grande erudição, conhecimentos de astrologia e astronomia,
aliados à intuição, permitiam-lhe um raciocínio bastante acurado a
respeito do futuro. De qualquer forma, gerou um impacto em milhões de
pessoas, que vêm se pondo em contato com seus escritos nesses quase
quinhentos anos.
Teve contatos com três reis da França Rei Henrique II , Rei Francisco II e Rei Carlos IX, graças à rainha Catarina de Médicis, esposa do primeiro e mãe dos seguintes.
Há indícios que tenha estudado Medicina, mas provas apontam na direção que não tenha se formado, por ter sido expulso da escola de Montpellier, mas de qualquer maneira dedicou muito do seu tempo ao estudo da Astrologia, Alquimia, Literatura e talvez Teologia. Há rumores que, muito jovem, depois de aprender latim, grego e hebraico, viajou por diversas cidades da França, permanecendo durante anos em Bordeaux, Agen e Avignon , onde dizem que combateu epidemias de peste
em condições pouco conhecidas. No entanto, sua ligação com a endemia
pode ser inferida por um livro sobre a doença que escreveu mais tarde,
mas essa mesma peste, dizem, condenou-o a ficar sem família. Na sua
trajetória consta uma viagem para Itália.
Em seus versos, podem-se ver citações de autores como Plutarco, Platão
e Jamblico, dentre os filósofos gregos. Muitas destas informações foram
coletadas pelo grupo "Nostradamus Research Group" abreviadamente NRG
que, tendo a maioria de seus membros na Europa, pode pesquisar "in
loco". Esse grupo pode aclarar muitas lendas e folclores que cercam a
personalidade de Nostradamus. Além de serem várias pessoas, acaba por
existir uma certa diretriz para citar apenas o que for verdadeiro,
deixando bem claro onde são suposições e ditos sem maiores provas.
Casou numa pequena cidade, com uma viúva de nome Anna Gemella, de
quem teve seis filhos. Passou a residir permanentemente em Salon de
Provence. Foi nessa altura que começou a escrever suas "Centúrias" e
quando já tinha boa fama por publicar anualmente almanaques, o que fez
por mais de dez anos. Estes, por sua vez , tinham muito de astrologia e
as previsões para os próximos tempos escritas, em geral, de forma
corrente. Havia sempre alguns versos que, muito mais tarde, selecionaram
dos almanaques e imprimiram como livro avulso. Não foi Nostradamus que
fez isso, mas certamente pessoas interessadas em fazer dinheiro.
Escreveu também um livro de receitas, principalmente de cosméticos. São
atribuídas a ele algumas traduções. Também dentro das pesquisas do grupo
NRG encontram-se a grande influência do livro de profecias Mirabilis Liber que tinha grande curso na Europa medieval e de seu amigo François Rabelais que se tornou um famoso escritor.
Num curto espaço de tempo, suas profecias tornaram-se conhecidas, com
supostos acertos que encontravam relação com certos acontecimentos. Na
verdade, encaixavam-se nos escritos, talvez por estes serem por demais
sinóticos e obscuros, além do fato de se poder manobrar com um francês
escrito em 1555.
O Rei Henrique II convidou-o a fazer uma viagem até Paris em 1556,
cidade que ficava distante um mês em viagem por carruagem da Provença
(Salon), onde ele residia. Ele pôde conhecer seus filhos: Francisco II e Carlos IX,
que se tornaram reis, mas viveram pouco e governaram sob a regência de
sua mãe Catarina, com a morte do rei, três anos depois (considerada por
alguns como prevista na Centúria I-35, mas o próprio Nostradamus não
confirmou isso quando do falecimento do rei). De qualquer forma, essa
quadra trouxe muita fama ao vidente. Estes acontecimentos que são sempre
encontrados depois do fato ocorrido são denominados encaixes pelo NRG.
Posteriormente, sua fama aumentou de maneira significativa, indo além
das fronteiras de seu país. Dizem que, de todos os cantos da Europa
chegavam celebridades que o procuravam para conhecer o futuro, ou
simplesmente, para conhecê-lo pessoalmente. A saúde dele começa a ser
abalada, não acompanhando sua fama. Seus livros são editados na Itália e na Alemanha.
Por conta da sua fama, muitos livros apareceram com quadras adicionais
as suas centúrias, e que não podem ser com certeza atribuídos a
Nostradamus. Nessa linha de adições são famosas as edições de "Seve" de
1605 e de "Troyes" de 1611. Há pouco tempo atrás, foram encontradas
declarações de um pesquisador já falecido, Daniel Ruzo, de que tais
edições são falsas e foram produzidas em 1649. Os argumentos dele são
muito eloquentes. As edições posteriores a esta são seguramente
falsificações e na Biblioteca de Paris há mais de duzentas obras que
querem ter o mérito de terem sido produzidas por Nostradamus, mas são
apenas falsificações.
Sofrendo de gota e artrite, piorou em meados de 1566, vindo a falecer no dia 2 de Julho de 1566.Seus restos mortais sepultados em outro local inicialmente, foram trasladados para uma outra igreja em Salon (a Igreja de São Lourenço), onde permanecem até hoje.
Profecias
Suas profecias compõem-se de quadras em versos métricos decassílabos, reunidas em grupos de cem, dai o nome de centúrias.[3] Foram publicadas em várias ocasiões; uma pequena parte em 1555, outra em 1557, sendo que das três últimas centúrias
conhecemos apenas edições póstumas. Devido à fama que Nostradamus veio
obtendo ao longo do tempo, muitos charlatões tentaram falsificar quadras
e versos para fazer dinheiro. Na biblioteca de Paris, existem alguns livros escritos entre 1600 e 1900 que usam descaradamente seu nome. O grupo NRG
só reconhece como originais estas citadas. Infelizmente, o dinheiro foi
o rumo que procuraram muitas obras que falam do sábio e de sua obra,
sem se importarem realmente em descobrir quem era Nostradamus e o que
desejava de fato.
Durante cerca de dez anos, ele publicou um almanaque anual, com fatos
astrológicos, informações variadas e milhares de presságios. Alguns
presságios escritos em versos - mais precisamente cento e quarenta e um -
foram estudados em separado por serem muito similares às quadras das
Profecias, mas eles são em muito pequeno número em relação ao todo.
Exegetas que estudaram esta parte de seu trabalho afirmam que se
tratavam de acontecimentos na sua época ou próximos, e, portanto, de
pouco valor para a época presente.
Segundo os entusiastas, Nostradamus teria previsto, entre outras coisas, a queda da União Soviética
na quadra em que diz: "Um dia serão amigos os dois grandes chefes…". No
entanto, os céticos apontam que essas "previsões" só são interpretadas
corretamente depois dos fatos, nunca antes.[3]
Astrologicamente, pode-se ver que algumas quadras previam conjunções
de planetas em datas futuras e respondem bem aos fatos que aconteceram
naquelas datas.
Pesquisadores de universidades muito conhecidas como Ottawa, Cambridge e Sorbonne
desenvolveram uma teoria em que as quadras de Nostradamus se baseavam
num fato histórico anterior à sua obra e inspiravam as quadras
"futuras". O grupo NRG, pesquisando com seriedade, já detectou mais de
cem destes fatos que passaram a ser chamado de ponto de partida, e a
previsão baseada em livros em geral de história na sua época de
bibliomancia. Algumas citações de Plutarco, um historiador grego, são literais, outras, do historiador romano Suetônio, outras do Mirabilis Liber, etc.
Devemos lembrar que entre a morte de Nostradamus em 1566 e 1650
apareceram muitos livros,principalmente porque rendiam muito dinheiro,
arvorando-se produzidos por Nostradamus, de modo que há entre eles duas
versões para o prefácio apresentado na primeira edição , denominado
"Carta a César" e espantosas sete versões para o prefácio final
denominado "Carta ao Rei Henrique II". Há versões além dessas que
falamos sabidamente falsas, outras evidências em que as edições
apresentadas como verdadeiras, podem ser antedatadas. Há também
importantes livros da época que se contrapunham a Nostradamus os quais
permitem inferir que havia outras edições que não sobreexistiram e
afirmam coisas de tal forma que um grupo de exegetas franceses que por
ser sua língua natal, foram os que leram mais dessas edições e
congêneres como as "Profecioas de Pavillon" e outros para sustentarem a
tese de que Nostradamus não era uma pessoa real, mas apenas um
personagem.
Alguns estudiosos, como Jean-Claude Pecker do Collège de France
em Paris, propõem que Nostradamus não escreveu sobre o futuro, mas
sobre o presente, usando de códigos por causa dos tempos conturbados em
que ele vivia[3][12].
FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.
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