05/09/2011
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11h24
Profissão de 'caçador de meteoritos'é ainda pouco conhecida
DA EFE
Eles percorrem o planeta em busca de fragmentos de matéria cósmica que
caem na superfície da Terra. São os "caçadores de meteoritos", uma
tarefa à qual se dedicam poucas pessoas no mundo, entre elas o espanhol
José Vicente Casado.
"Encontrar meteoritos é minha forma de viver, esse é meu trabalho", diz
ele, que em entrevista à agência de notícias Efe quis "desmitificar"
algumas das lendas que circulam sobre estas rochas do espaço.
"As pessoas veem continuamente meteoritos por todas as partes e pensam
que são enormes, que um vai cair em cima de nós e vai nos extinguir",
resume.
Na sua opinião, achar um meteorito é "algo extraordinário". Uma estrela
que é vista no horizonte dá a impressão de que está perto, mas pode cair
a milhares de quilômetros de distância.
Casado, que é da província de Leão, está há mais de 15 anos "caçando"
meteoritos e tem uma coleção de aproximadamente 120 peças --a mais
completa da Espanha. Ele estima que no mundo não deve haver mais do que
20 pessoas que tenham a mesma profissão que ele.
Sua rotina habitual de trabalho consiste em se deslocar a zonas
desérticas da África e da América do Sul, onde é mais fácil perceber a
presença dos meteoritos, uma vez que não existe vegetação que os
escondam.
No entanto, ele também já os encontrou na Espanha, como na província de
Palência, em 2004, em uma região montanhosa, circunstância que
dificultou sua busca.
O maior pesava meio quilo, mas o habitual é que sejam pequenos, explica,
porque um meteorito explode quando entra em contato com a atmosfera e
provoca uma espécie de chuva de pedras.
Casado assinala que todos os dias caem entre 20 toneladas e 40 toneladas
de pó cósmico na superfície da Terra, embora a média de meteoritos
propriamente ditos fica limitada a 20 por ano.
Sobre o custo da atividade, Casado ressalta que, para ele e seus
companheiros de expedições, a despesa não é muito elevada. Eles viajam
com restrição de gastos e dormem ao relento se preciso.
As peças recolhidas por Casado são usadas em exposições ou doadas a
institutos científicos para estudo, o que pode acabar tendo "mais
valor", diz, do que se as vendessem.
FONTE: Folha.com.Ciência
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