24/09/2011
-
16h40
Médico espanhol diz que muito sexo faz bem ao coração
DA EFE, EM MADRI
Para ter um coração saudável é preciso comer bem, beber pouco, controlar
o estresse, não fumar, fazer exercícios moderados e, para quem pode,
praticar muito sexo, de preferência com um parceiro estável, de acordo
com o médico espanhol Josep María Caralps.
Essa é a fórmula "não-infalível" do doutor Caralps para manter "em bom
estado" a máquina perfeita que é o coração, que bate cerca de 100 mil
vezes por dia e movimenta 10 mil litros de sangue. Um órgão também
emocional, "muito ligado aos sentimentos mais íntimos", e que foi
chamado por Aristóteles de "santuário da alma".
Os olhos e as mãos deste médico espanhol que tem quatro décadas
dedicadas à cirurgia cardíaca viram e tocaram milhares de corações.
Corações doentes e muito doentes, velhos e jovens, grandes e pequenos e
de pessoas de todo tipo de raças, o que o permite falar com autoridade
de "nosso músculo mais prezado", vital e carismático.
Josep María Caralps teve a honra de fazer o primeiro transplante de
coração bem sucedido na Espanha, no dia 8 de abril de 1984, uma data que
nunca esquecerá.
Tanta sabedoria acumulada sobre o coração o levaram a escrever "Super
Corazón" ("Super Coração", na tradução livre), no qual descreve suas
experiências e conhecimento.
O livro, que chega neste domingo às livrarias, coincidindo com a
celebração do Dia Mundial do Coração, é um guia "singelo e ameno" para
ajudar a conhecer como trabalha e porque o coração adoece, além de
ensinar a mantê-lo em forma.
Na conversa com este premiado profissional da medicina ouvimos
repetidamente a palavra moderação: "Podemos fazer de tudo, mas com
moderação, precisamos aprender que a degustação de um cigarro após uma
boa refeição, uma taça de vinho no jantar ou no almoço, não pode se
transformar em dependência".
VIDA MELHOR
"Temos ao nosso alcance coisas que fazem nossa vida melhor. Mas
precisamos ser capazes de discernir sobre o que é bom e o que é ruim. A
saúde não está separada do prazer. Ao contrário, se não há prazer não há
saúde", considerou.
Caralps fala em educar desde a infância como forma de prevenção e criar
bons hábitos. "Ensinar às crianças que fumar é prejudicial, que o álcool
pode ser agradável, reconfortante e, em algumas ocasiões, até
necessário, mas sempre, sempre com moderação, com muita moderação",
detalhou o médico.
"Não nos preocupamos com isso, porque achamos que podemos controlar
nossos vícios. Mas, na realidade, não podemos. Ser moderado em tudo é
quase impossível. Daí a necessidade de aprendermos desde pequenos",
afirmou, acrescentando que as escolas também devem ensinar a "controlar
mentalmente as emoções, a sermos mais humanos, termos mais cuidado com
nós mesmos e com os outros".
FONTE: Folha.com/Mundo
Nenhum comentário:
Postar um comentário