09/06/2011
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17h37
Mais de 1 bi de pessoas são portadoras de deficiência, diz OMS
DA EFE
Mais de um bilhão de pessoas --aproximadamente 15% da população
mundial-- são portadoras de algum tipo de deficiência, e 20% delas
enfrentam grandes dificuldades em seu cotidiano, revelou nesta
quinta-feira um relatório conjunto da OMS (Organização Mundial da Saúde)
e do BM (Banco Mundial).
O documento, o primeiro de caráter global publicado sobre o tema em 40
anos, destaca que poucos países contam com mecanismos adequados para
responder às necessidades dos portadores de deficiência.
O número de pessoas com necessidades especiais, além disso, aumenta
devido ao envelhecimento da população e da maior ocorrência de problemas
de saúde crônicos, como diabetes, doenças cardiovasculares e mentais.
Grande parte dessas pessoas --entre 110 milhões e 190 milhões-- enfrenta
ainda barreiras que vão desde a discriminação até a ausência de
serviços adequados de atendimento sanitário e reabilitação, passando por
sistemas de transporte e edifícios inacessíveis.
Dessa forma, essa parcela representativa da população não tem acesso a
um sistema de saúde de qualidade, tem menos sucesso nos estudos e
possibilidades de emprego, além de sofrer com maiores taxas de pobreza.
"Devemos fazer mais para romper as barreiras que segregam essas pessoas,
em muitos casos excluindo-as da sociedade", disse a diretora geral da
OMS, Margaret Chan.
Para isso, a OMS e o BM pedem que os governos acelerem seus esforços
para permitir aos portadores de deficiência acessar serviços básicos,
além de investir em programas especializados que permitam a estas
pessoas desenvolverem seus potenciais.
O estudo ressalta que nos países mais pobres as crianças com
necessidades especiais têm menos possibilidades de se manterem
escolarizadas que as demais.
Nos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento
Econômico a taxa de portadores de deficiência inseridos no mercado de
trabalho é de 44%, o que representa pouco mais da metade do que a das
pessoas sem necessidades especiais (75%).
O estudo mostra ainda alguns exemplos positivos, entre eles Curitiba,
com seu sistema público de transporte integrado, que facilita o acesso
dos portadores de deficiência, adotando um design universal e
conscientizando motoristas.
Em Moçambique e Tanzânia, oficinas sobre linguagem Braille e de sinais
garantem que as mensagens de prevenção contra a Aids cheguem aos jovens
com necessidades especiais.
FONTE: Folha.com/Equilíbrio e Saúde
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