02/06/2011
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07h13
OMS diz que surto é causado por variedade de E.coli nunca vista
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Atualizado às 07h27.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou nesta quinta-feira que a variedade da Escherichia coli (E.coli) que causou o surto na Europa é uma bactéria nunca antes vista.
A agência disse que o sequenciamento genético preliminar realizado na bactéria sugere uma mutação de duas formas diferentes da E.coli, com genes letais que poderiam explicar a amplitude e a gravidade do surto na Europa e Estados Unidos.
Até o momento, a bactéria matou 16 pessoas na Alemanha e uma na Suécia e
deixou mais de 1.500 infectados em vários países, incluindo 470 que
desenvolveram uma rara complicação renal. Quase todas as pessoas
infectadas vivem ou estiveram recentemente na Alemanha --como os dois
casos de contaminação registrados nos EUA.
O surto já é considerado o terceiro maior envolvendo E. coli na
história recente e pode ser o mais fatal. Em 1996, 12 pessoas morreram
em um surto no Japão que infectou mais de 12 mil. Em 2000, sete morreram
em um surto no Canadá.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
"Esta é uma variedade única que nunca foi isolada em pacientes", disse
Hilde Kruse, especialista em segurança alimentar da OMS. "[Esta
variedade] tem várias características que a tornam mais virulenta e com
maior capacidade de produzir toxinas".
Cientistas não conseguiram descobrir a fonte do surto, que foi atribuído
inicialmente a pepinos espanhóis e que já atingiu nove países europeus.
RÚSSIA
Com medo de que o surto chegue na Rússia, o país estendeu nesta
quinta-feira o veto aos vegetais crus espanhóis e alemães para toda a
União Europeia.
Lyubov Voropayeva, porta-voz da Agência de Supervisão dos Direitos do
Consumidor, disse que o veto foi imposto imediatamente e sem previsão de
acabar.
O chefe da agência, Gennady Onishchenko, disse que a "medida impopular"
estaria em voga até que as autoridades europeias informem Moscou sobre a
causa exata da doença e como ela se espalhou para países como Áustria,
Holanda, Dinamarca, Noruega, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido.
"Quantas vidas de cidadãos europeus serão necessárias para resolver este
problema?", disse Onishchenko à agência de notícias estatal RIA
Novosti.
Até o momento, nenhuma vítima foi registrada na Rússia.
FONTE: Folha.com/Ciência e Saúde
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