05/06/2011
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08h35
Quanto mais você compra, mais lixo você tem
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O processo é longo. Você se apaixona por um produto, não resiste ao
design, compra, leva para casa, usa e descarta. Para onde ele vai?
"O lixo parece mágico", diz Valéria Rodrigues Garcia, diretora de
estudos e pesquisas do Procon-SP. "Você joga fora e seu metro quadrado
está limpo, mas as ruas não." As vias reúnem coisas que vão de cocô de
cachorro a sofás que não prestam para estar dentro de casa. "O
consumidor deveria perguntar ao fabricante por que o sofá não dura mais
que dois anos", afirma Valéria.
Segundo a diretora da entidade, para mudar a alta produção de lixo, o
consumidor deveria planejar suas compras e ter uma ideia de quanto vai
consumir para evitar o desperdício.
Outras saídas, no plano individual, seriam "exigir que os comerciantes
apresentassem alternativas melhores para as embalagens, que os produtos
tivessem maior qualidade e durabilidade", de acordo com Valéria.
"No plano coletivo, é preciso haver uma política pública que faça as empresas serem responsáveis pelo lixo que produzem."
O tempo de decomposição de cada resíduo varia de fonte para fonte e,
como diz Valéria, não é muito confiável. Sobre o vidro, as informações
vão de quatro mil anos até um milhão de anos. Os dados sobre embalagens
PET também variam: de cem anos a tempo indeterminado.
FONTE: Folha.com/Ambiente
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