sábado, 26 de novembro de 2011

HOMEM DAS CAVERNAS PESCAVA ATUM 42 MIL ANOS ATRÁS ( Descobertas Arqueológicas Recentes )

25/11/2011 - 11h35

Homem das cavernas pescava atum 42 mil anos atrás


DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Um anzol encontrado em Timor Oriental com pelo menos 42 mil anos mostra que os homens da caverna eram habilidosos na pesca de grandes espécies como o atum, que vive em águas profundas.
O artefato, encontrado por arqueólogos australianos na caverna de Jerimalai, é um dos mais antigos do mundo e estava junto a restos de 38 mil ossos que pertenceram a 2.843 peixes capturados.
A equipe da Universidade Nacional da Austrália emitiu um comunicado nesta sexta-feira sobre a descoberta. O anzol é feito com uma concha.
Além de seu valor histórico, o anzol sugere que os homens pré-históricos possuíam habilidades marítimas avançadas, comentou a líder dos pesquisadores, a arqueóloga Sue O'Connor. A ponto de eles serem capazes de fazer travessias oceânicas até a Austrália.
Tendo como base os materiais encontrados, O'Connor estima que os homens daquela época eram hábeis na confecção de ferramentas e exímios pescadores. Mas restam dúvidas sobre como era feita a captura do que viria a ser sua refeição do dia. Uma das hipóteses aventada são as redes, que seriam utilizadas para esse fim.
"Não está claro que método era usado para pescar os peixes, inclusive os de águas rasas. Mas o atum pode ser capturado com redes e anzóis. De qualquer maneira, parece certo que utilizavam uma técnica bastante sofisticada", acrescentou ela.
Apesar das descobertas, a pesquisa ainda tem um longo caminho a percorrer. A arqueóloga espera que os objetos dispostos na caverna de Jerimalai expliquem como os pescadores conseguiram chegar pelo mar até a Austrália há pelo menos 50 mil anos.
"Sabemos que usavam barcas porque a Austrália é separada do Sudeste Asiático pelo oceano. Quando olhamos as embarcações que os aborígenes usavam, ao entrarem em contato com os europeus, vemos que eram muito simples como canoas e balsas", declarou a especialista.
As descobertas da equipe estão publicadas no último número da revista "Science". 

FONTE: Folha.com/Ciência

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