24/11/2011
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14h37
Estudo identifica astros com mais chances de abrigar vida extraterrestre
DA BBC BRASIL
A lua de Saturno Titã e o exoplaneta Gliese 581g estão entre os corpos
celestes mais propensos à existência de vida extraterrestre, diz um
artigo científico publicado por pesquisadores americanos.
O estudo da Universidade de Washington criou um ranking que ordena os
planetas e satélites de acordo com a semelhança com a Terra e as
condições para abrigar outras formas de vida.
JPL/ STSI/Nasa | ||
O exoplaneta Gliese 581g (em primeiro plano) foi considerado o mais parecido com a Terra; |
Segundo os resultados publicados na revista acadêmica "Astrobiology", a
maior semelhança com a Terra foi demonstrada por Gliese 581g, um
exoplaneta --ou seja, localizado fora do Sistema Solar--, cuja
existência muitos astrônomos duvidam.
Em seguida, no mesmo critério, vem o Gliese 581d, que é parte do mesmo
sistema. O sistema Gliese 581 é formado por quatro --e possivelmente
cinco-- planetas orbitando a mesma estrela anã a mais de 20 anos-luz da
Terra, na constelação de Libra.
CONDIÇÕES FAVORÁVEIS
Um dos autores do estudo, Dirk Schulze-Makuch explica que os rankings foram elaborados com base em dois indicadores.
O ESI (sigla em inglês de Índice de Similaridade com a Terra) ordenou os
astros conforme a sua similaridade com o nosso planeta, levando em
conta fatores como o tamanho, a densidade e a distância de sua
estrela-mãe.
Já o PHI (sigla de Índice de Habitabilidade Planetária) analisou fatores
como a existência de uma superfície rochosa ou congelada, de uma
atmosfera ou de um campo magnético.
Também foi avaliada a energia à disposição de organismos, seja através
da luz de uma estrela-mãe ou de um processo chamado de aceleração de
maré, no qual um planeta ou lua é aquecido internamente ao interagir
gravitacionalmente com um satélite.
Por fim, o PHI leva em consideração a química dos planetas, como a
presença ou ausência de elementos orgânicos, e se solventes líquidos
estão disponíveis para reações químicas.
HABITÁVEIS
No critério de habitabilidade, a lua Titã, que orbita ao redor de
Saturno, ficou em primeiro lugar, seguida da lua Europa, que orbita
Júpiter.
Os cientistas acreditam que Europa contenha um oceano aquático subterrâneo aquecido por aceleração de maré.
O estudo contribuirá para iniciativas que, nos últimos tempos, têm reforçado a busca por vida extraterrestre.
Desde que foi lançado em órbita em 2009, o telescópio espacial Kepler,
da Nasa (agência espacial americana), já encontrou mais de mil planetas
com potencial para abrigar formas de vida.
No futuro, os cientistas creem que os telescópios sejam capazes de
identificar os chamados "bioindicadores" --indicadores da vida, como
presença de clorofila, pigmento presente nas plantas-- na luz emitida
por planetas distantes.
FONTE: Folha.com/Ciência
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