O homem ainda evolui? Qual será nossa aparência daqui a 1 milhão de anos?
Estamos em constante evolução, mas não dá
para imaginar como será nosso jeitão em um futuro tão distante. "Para
ter a resposta, precisaríamos saber que tipo de pressão vai forçar a
evolução do homem no futuro. E isso é impossível", diz o antropólogo
Walter Alves Neves, da Universidade de São Paulo (USP), um dos maiores
especialistas nesse assunto no mundo. Entre essas pressões, uma das mais
prováveis é o aumento da temperatura. Além do efeito estufa, que
aprisiona o calor na Terra, o próprio Sol ficará mais quente nos
próximos milhões de anos. Esse acréscimo na irradiação faria, a
princípio, com que a pele dos homens brancos e amarelos ficasse mais
escura. Mas como um bom protetor solar garante tanta proteção quanto a
melanina da pele negra, a propensão ao escurecimento pode não acontecer.
A mesma coisa vale para a tendência ao aumento do crânio humano.
Até chegar aos dias de hoje, o cérebro de nossos antepassados foi
ganhando volume. Mas isso não quer dizer que o homem do futuro terá uma
cabeça parecida com a dos ETs de Hollywood. Há 1 ou 2 milhões de anos,
um cérebro maior e mais potente fazia muito mais diferença do que hoje:
num mundo dominado por predadores, os mais espertos sobreviviam por mais
tempo e acabavam deixando mais descendentes. Por isso, a característica
do cérebro grande se espalhou e virou regra. Entretanto, como hoje não
faz sentido afirmar que pessoas mais inteligentes tenham mais filhos, o
mais provável é que nosso cérebro não cresça mais.
FONTE: Revista Mundo Estranho
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