02/08/2011
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08h49
Cientistas mapeiam regiões críticas para mamíferos aquáticos
GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
Golfinhos, baleias e outras espécies de mamíferos aquáticos acabam de
ganhar um mapa que pode ajudar a preservar este que é um dos grupos mais
ameaçados pelas ações do homem.
Pesquisadores dos EUA e do México fizeram um extenso levantamento com os
hábitos, dinâmicas e outras informações de 129 espécies de mamíferos
aquáticos e selecionaram 20 locais-chave para sua conservação.
Embora esses animais estejam espalhados por mares, rios e lagoas de todo
o mundo, os pesquisadores, liderados por Sandra Pompa, da Universidade
Nacional Autônoma do México, listaram 11 pontos classificados como
"insubstituíveis".
Essas regiões foram selecionadas por sua importância para a preservação
de espécies que não podem ser encontradas em outros lugares.
A foz do rio Amazonas, no Brasil, habitat de espécies como o boto-cinza,
é um deles. "Esses locais podem servir para a adoção de estratégias
para a proteção desses animais", diz o trabalho, publicado na revista
"PNAS".
Os cientistas identificaram que o risco é mais elevado em áreas de maior
latitude. A vulnerabilidade se intensifica nas ilhas Aleutas, um
prolongamento da península do Alasca, e na península Kamchatka, na
Sibéria.
Essas regiões já tiveram caça intensiva de focas e baleias.Além da
pesca, esses animais são extremamente sensíveis às mudanças em seus
ambientes.
Vítimas do aquecimento global, da poluição e até de obras de
infraestrutura, 24% das espécies consideras na pesquisa estão ameaçadas
de extinção.
O exemplo mais recente é o golfinho baiji (Lipotes vexillifer),
da China, declarado extinto em 2008. Além de ter partes de seu corpo
usadas na medicina chinesa, a construção de uma hidrelétrica acabou com
seu habitat.
O óleo de baleia também é usado na medicina chinesa. A carne do animal é considerada uma iguaria em países como o Japão.
FONTE: Folha.com/Ciência
Editoria de arte/folhapress | ||
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