17/08/2011
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09h26
Telescópios rastreadores de ETs voltarão a funcionar após doações
DA BBC BRASIL
Um complexo com 42 telescópios que monitora possíveis indícios de
extraterrestres, na Califórnia, nos Estados Unidos, voltará a operar em
algumas semanas, graças a doações particulares. O instituto deixou de
funcionar após a interrupção de financiamento público.
Uma das líderes da campanha é a atriz Jodie Foster, que conseguiu
levantar US$ 200 mil (R$ 318 mil) entre 2.400 doadores para o Seti
(instituto de busca por inteligência extraterrestre, na sigla em
inglês), que abriga o complexo Allen Telescope Array.
O equipamento, que custou US$ 30 milhões (R$ 47,7 milhões), parou de
operar após deixar de receber financiamento público, das Força Aérea
americana.
BBC | ||
Complexo Allen Telescope Array, na Califórnia, monitora indícios de presença extraterrestre no espaço |
FICÇÃO E REALIDADE
Em um comunicado no site de arrecadação, Foster disse que "o Allen
Telescope Array poderia transformar a ficção científica em fatos
científicos", salientando que isso só ocorrerá se o monitoramento tiver
continuidade.
Outro doador foi o astronauta da Apollo 8, Bill Anders.
O instituto diz que o fundo deve ser suficiente para manter os
telescópios na ativa até o final do ano. O projeto, no entanto, ainda
depende da verba pública, que até então era repassada pela Força Aérea,
preocupada com o rastreamento de detritos espaciais que podem danificar
satélites.
O astrônomo Seth Shostak, do Seti, disse à BBC, que o acordo com a Força
Aérea americana ainda não foi retomado, mas se disse bastante confiante
de que isso ocorrerá em breve. O financiamento também terá de ser
aprovado pelo Congresso.
Thomas Pierson, diretor-executivo do Seti, disse que "para quem está
interessado em saber se há vida inteligente lá fora, em outros lugares
de nossa galáxia, o Allen Telescope Array e nossa equipe de pesquisa no
Seti são a melhor aposta."
O complexo começou a operar em 2007, com o nome de seu maior doador, Paul Allen, co-fundador da Microsoft.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
O Allen Telescope Array era inicialmente um projeto conjunto da
Universidade da Califórnia/Berkeley e do Seti, mas a parceria foi
desfeita após cortes no repasse de verbas públicas à universidade.
O custo anual para a manutenção do projeto é de US$ 2,5 milhões (R$ 3,9
milhões). Em último caso, o complexo pode redirecionar suas atividades
para a observação de planetas fora do sistema solar.
Shostak defende, no entanto, a busca por indícios de vida extraterrestre.
"As pessoas ainda pensam nessa mesma questão fundamental: 'Há alguém lá
fora tão ou mais inteligente que nós?' É importante e vale a pena fazer
(a pesquisa)."
O projeto na Califórnia também contribui para a pesquisa de buracos negros e campos magnéticos na Via Láctea.
FONTE: Folha.com/BBC Brasil
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