22/08/2011
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03h36
Descobertos na Austrália fósseis de bactérias mais antigas da Terra
DA EFE
Uma equipe de cientistas divulgou nesta segunda-feira a descoberta de
fósseis microscópicos com mais de 3,4 bilhões de anos de antiguidade no
noroeste da Austrália, um achado que se trata da evidência mais antiga
de vida na Terra, informou a imprensa local.
A pesquisa, conjunta entre a Universidade da Austrália Ocidental e da
Universidade de Oxford do Reino Unido, foi realizada na região de
Strelley Pool, na região de Pilbara.
Estes fósseis, descobertos em bom estado de conservação entre grãos de
areia em uma rocha sedimentar pré-histórica, pertencem a bactérias que
precisam de sulfureto para subsistir.
"Proporcionamos a primeira evidência de microorganismos que usam
sulfureto em seu metabolismo", assinalou o líder da pesquisa, David
Wacey, da Universidade da Austrália Ocidental, em declarações citadas
pelo "Sydney Morning Herald".
Os pesquisadores utilizaram técnicas muito sofisticadas para comprovar
que estes micróbios sobreviveram graças ao sulfureto neste período da
Terra em que o oxigênio era pouco e predominavam as altas temperaturas.
"A hipótese de sobreviver à base de sulfureto era uma característica que
se pensava existisse em um dos primeiros períodos da Terra,
especificamente durante a transição de um mundo não-biológico para um
biológico", acrescentou Wacey.
Já o professor da Universidade de Oxford Martin Brasier expressou que a
descoberta dos fósseis confirma que há 3,4 bilhões de anos existiam
"bactérias, que viviam sem oxigênio" na Terra.
"Podemos estar muito certos da antiguidade (dos fósseis) porque as
rochas se formaram entre duas sucessões vulcânicas que reduzem os
cálculos sobre a idade para cerca de poucos milhões de anos", explicou
Brasier em comunicado citado pela agência local AAP.
O pesquisador britânico também destacou que estas bactérias são "comuns
hoje em dia" e são encontradas em fontes de águas termais, respiradouros
hidrotermais ou outros lugares com pouco oxigênio.
FONTE: Folha.com/Ciência
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