12/05/2011
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09h17
Estudo resolve mistério de planetas que giram "ao contrário"
DE SÃO PAULO
Um mistério da astronomia está perto de terminar. Cientistas dizem ter
conseguido explicar por que alguns planetas gigantes giram no sentido
oposto ao das estrelas que orbitam, contrariando teorias de formação
planetária.
Embora não haja exemplos assim no Sistema Solar, o Universo está cheio deles.
Normalmente, são planetas gasosos muito grandes e bem próximos às suas
estrelas. Esse tipo de planeta foi batizado de Júpiter Quente.
Com modelos projetados em computador, analisando órbita, massa e outros
dados, os cientistas da Universidade Northwestern (EUA) concluíram que
os astros desse tipo "nasceram" com órbitas que não eram opostas às
seguidas por suas estrelas.
Eles ficaram "ao contrário", na verdade, pela influência gravitacional de um outro planeta gigante que orbita a mesma estrela.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Os dois astros interagem gravitacionalmente e, algumas vezes, com essa
influência, a órbita daquele que está mais próximo à estrela começa
lentamente a se alongar, ficando quase com a forma de uma agulha.
Nesse ponto, a estrela e o planeta passam a interagir de tal forma que acontecem pequenos puxões gravitacionais.
É aí que existe uma espécie de fricção que faz a órbita encolher e, em
alguns casos, mudar totalmente. Estima-se que 25% de todos os planetas
do tipo Júpiter Quente já registrados tenham órbitas inversas.
"Achávamos que nosso Sistema Solar era típico do Universo, mas tudo
pareceu muito estranho nos sistemas extrassolares desde o início. Nós
somos, na verdade, atípicos. Entender os outros sistemas nos dá um
contexto de como o nosso é especial", disse Frederic Rasio, astrofísico
que é coautor do trabalho, publicado na "Nature".
FONTE: Folha.com/Ciências
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