terça-feira, 24 de maio de 2011

NÍVEL DOS OCEANOS SUBIRÁ MAIS DO QUE PREVIU ONU, DIZ AUSTRÁLIA ( Meio Ambiente )

23/05/2011 - 10h34

Nível dos oceanos subirá mais do que previu ONU, diz Austrália


DA FRANCE PRESSE
As inundações em regiões costeiras devem ocorrer com mais frequência dentro de um século, devido ao aumento no nível dos oceanos provocado pelo aquecimento global, diz um estudo divulgado pelo governo australiano nesta segunda-feira.
"O cálculo plausível do aumento do nível das águas para 2100, em comparação com 2000, é de 0,5 a um metro", cita o relatório "A Década Crítica", da Comissão de Mudança Climática, subordinado ao governo da Austrália.
AP
Australianos se protegem durante inundação na Austrália, que deve ser mais corrente com aumento do nível dos oceanos
Australianos se protegem durante inundação na Austrália, que deve ser mais corrente com aumento do nível dos oceanos
O estudo, que passou pela revisão de cientistas do Birô de Meteorologia e de acadêmicos da Austrália, mostra que seus números superam os cálculos feitos pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, da ONU) --a organização previu um aumento de 0,18 a 0,76 metro para o mesmo período.
O nível das águas dos oceanos aumentou em 20 centímetros desde 1880, lembrou o relatório.
ENTRE AS MAIS POLUENTES
A comissão também cobra "descarbonizar" a economia australiana, ou seja, reduzir ao máximo as emissões de dióxido de carbono (CO2) e utilizar energias limpas até 2050.
O chefe da Comissão, Tim Flannery, disse que a Austrália tem exatamente oito anos e sete meses para cumprir o objetivo de reduzir em 5% a emissão de CO2 para 2020, em relação aos níveis do ano 2000, segundo a emissora de TV local, a ABC.
A Austrália é uma das nações mais poluentes do mundo em termos per capita, com uma taxa cinco vezes maior que a da China, justamente o principal mercado para suas exportações de carvão e outros recursos naturais.
A Austrália assinou o Protocolo de Kyoto quando os trabalhistas chegaram ao poder, em 2007, e atualmente se debate no país um polêmico imposto para a emissão de carbono. 

FONTE: Folha.com/Ambiente

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