19/05/2011
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02h35
China diz que dalai-lama "tem a porta aberta" para retornar do exílio
DA EFE
O presidente da Região Autônoma do Tibete (dependente do governo
chinês), Padma Choling, assegurou em entrevista coletiva concedida nesta
quinta-feira que o dalai-lama tem "a porta aberta" se quiser retornar à
China após mais de meio século no exílio, embora também tenha lançado
duras críticas contra o líder religioso.
Segundo Choling, de etnia tibetana e membro do Partido Comunista da
China, o dalai-lama "não fez nada de bom pelos tibetanos desde que fugiu
do país em 1959", embora a questão de seu retorno "dependa do próprio",
assinalou em declarações citadas pela agência Xinhua.
"A porta está aberta e ele conhece a posição do governo central",
assegurou o presidente regional tibetano, que também rejeitou a
possibilidade de qualquer negociação com o governo tibetano no exílio,
com sede em Dharamsala (Índia) e ligado ao dalai-lama.
Choling destacou que o único governo legal que representa os tibetanos é
o da região autônoma representada por ele, e assinalou que nenhum país
do mundo o reconhece.
O líder comunista também rejeitou o processo de sucessão do governo
tibetano no exílio, realizado em abril, pelo qual o dalai-lama se
aposentou da política e o professor Lobsang Sangay foi eleito novo
primeiro-ministro por sufrágio universal.
"Não importa que tenha se aposentado ou não. O dalai-lama não tem
permissão para sabotar a felicidade dos tibetanos", avaliou o líder
regional.
A China assegura que o Tibete é há séculos parte inseparável de seu
território, enquanto os tibetanos argumentam que a região foi durante
muito tempo virtualmente independentemente, até ser ocupada pelas tropas
comunistas, em 1951.
FONTE: Folha.com/Mundo
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