Mergulhador fotografa divisão entre placas tectônicas na Islândia
DA BBC BRASIL
O fotógrafo britânico Alexander Mustard registrou o mergulho que ele e
outros colegas fizeram na fenda entre as placas tectônicas da América do
Norte e da Eurásia.
A aventura para conhecer a "fronteira" entre as duas placas ocorreu no Parque Nacional Thingvellir, na Islândia.
A paisagem submersa do parque é cheia de vales, falhas e fontes de lava,
formados pelo afastamento gradual entre as duas placas, que se
distanciam cerca de 2,5 centímetros uma da outra a cada ano.
Os mergulhadores que participaram da expedição desceram cerca de 24
metros na fenda entre as placas, mas chegaram a até 60 metros de
profundidade em cânions como o Silfra e o Nikulasargia.
Mustard, 36, diz que as imagens mostram "o mundo submarino único da
Islândia, que, assim como a ilha, é formado por paisagens vulcânicas".
A lava e o vapor quente na interseção entre as placas criou também a
chaminé hidrotermal Arnarnes Strytur, visitada pelos mergulhadores.
A água é expulsa da chaminé a 80°C e forma uma coluna turva ao entrar em contato com a água do mar, que está a 4°C.
Alexander Mustard/Solent | ||
Fotógrafo registrou mergulho entre as placas tectônicas da América do Norte e da Eurásia; veja galeria de fotos |
O fotógrafo é especializado em imagens submarinas. Um de seus trabalhos
mais conhecidos é o registro fotográfico de destroços de navio no fundo
do mar ao redor do mundo.
PLACAS TECTÔNICAS
A noção de placas tectônicas foi desenvolvida nos anos 1960 para
explicar as localizações dos vulcões e outros eventos geológicos de
grande escala.
De acordo com a teoria, a superfície da Terra é feita de uma "colcha de
retalhos" de enormes placas rígidas, com espessura de 80 km, que flutuam
devagar por cima do manto, uma região com magma nas profundezas da
terra.
As placas mudam de tamanho e posição ao longo do tempo, movendo entre um
e dez centímetros por ano --velocidade equivalente ao crescimento das
unhas humanas.
O fundo do oceano está sendo constantemente modificado, com a criação de
novas crostas feitas da lava expelida das profundezas da Terra e que se
solidifica no contato com a água fria. Assim, as placas tectônicas se
movem, gerando intensa atividade geológica em suas extremidades.
As atividades nestas zonas de divisa entre placas tectônicas são as mesmas que dão origem aos terremotos de grande magnitude.
FONTE: Folha.com/BBC Brasil
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