17/05/2011
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10h50
Explosão de melancias preocupa fazendeiros chineses
DA BBC BRASIL
Fazendeiros no leste da China estão perplexos após melancias de suas plantações terem começado a explodir.
Uma investigação feita pela mídia estatal chinesa revelou que milhares
de metros quadrados de plantações estão sendo perdidos por causa do
problema.
Um programa da Televisão Central da China atribuiu o problema ao uso
excessivo de um produto químico que ajuda a fruta a crescer mais rápido.
Mas especialistas em agricultura não foram capazes de explicar por que
frutas que teriam sido cultivadas sem produtos químicos também
explodiram.
Eles mencionaram as condições climáticas e o tamanho anormal das frutas como possíveis causas.
SEMENTES IMPORTADAS
De acordo com a agência chinesa de notícias Xinhua, 20 fazendeiros de
uma cidadezinha na província de Jiangsu plantaram sementes de melancia
importadas do Japão. Dez deles disseram que suas frutas tinham começado a
explodir.
O agricultor Liu Mingsuo disse à Xinhua que mais de dois terços de suas frutas haviam explodido.
Ele contou que, no dia 6 de maio, aplicou um produto químico para estimular o crescimento das frutas.
Liu disse que, no dia seguinte, mais de 180 melancias explodiram.
Porém, segundo relatos, do grupo de dez fazendeiros cujas frutas
explodiram, Liu teria sido o único a usar produtos químicos para ajudar o
crescimento das melancias.
Outro fazendeiro, Wang Dehong, que vem cultivando melancias há 20 anos,
não consegue entender por que suas frutas teriam explodido. Ele disse
não ter usado produtos químicos.
Engenheiros agrônomos que investigam o incidente não conseguiram explicar o fenômeno.
A China aprovou o uso de produtos que estimulam o crescimento em
quantidades limitadas. Até o presente, testes mostram que o produto
usado pelos fazendeiros é seguro, informou a Xinhua.
Entretanto, à medida que aumenta a preocupação do público com segurança
em alimentos, especialistas defendem a introdução de um sistema de
controle de qualidade, detalhando cada estágio da cadeia alimentar e
mantendo o público informado.
FONTE: Folha.com/Ambiente [BBC Brasil]
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