História
[editar] Jihad afegã
A Al-Qaeda teve seu embrião na Maktab al-Khadamat (MAK), uma organização formada por Mujahidin que lutavam para instalar um estado islâmico durante a Guerra Soviética do Afeganistão nos anos 1980. A organização foi inicialmente financiada pela CIA. Osama bin Laden foi um dos fundadores da MAK, juntamente com o militante palestino Abdullah Yusuf Azzam. O papel da MAK era angariar fundos de tantas fontes quanto possível (incluindo doações de todo o Oriente Médio), para treinar pessoas de todo o mundo para a guerra de guerrilha e para transportar os combatentes para o Afeganistão.
A MAK foi custeada em sua maioria com doações de milionários islâmicos,
mas também foi abertamente auxiliada pelos governos do Paquistão e Arábia Saudita, e indiretamente pelos Estados Unidos, que direcionou grande parte de seu apoio através do serviço de inteligência paquistanês ISI (sigla para Inter-Services Intelligence). Durante a segunda metade dos anos 1980
a MAK era um grupamento relativamente pequeno no Afeganistão, sem
combatentes afiliados, apenas concentrando suas atividades no
levantamento de fundos, logística, habitação, educação, auxílio a
refugiados, recrutamento e financiamento de outros mujahidin.
Depois de uma longa e cara guerra que durou nove anos, a União Soviética retirou suas tropas do Afeganistão em 1989. O governo socialista afegão de Mohammed Najibullah
foi rapidamente destituído em favor de partidários dos mujahidin. Com a
falta de acordo dos mujahidin na escolha de uma estrutura
governamental, sua anarquia sofreu as consequências de constantes
mudanças no controle de territórios problemáticos, sucumbindo sob
alianças insurgentes e discórdias entre líderes regionais.
[editar] Ultrapassando os limites do Afeganistão
Perto do fim da Guerra Soviética do Afeganistão, alguns mujahidin quiseram expandir suas operações para incluir alguns esforços islâmicos em outras partes do mundo[carece de fontes]. Algumas organizações sobrepostas e interralacionadas foram formadas para suportar estas aspirações.
Uma dessas organizações seria eventualmente chamada Al-Qaeda, fundada por Osama bin Laden em 1988. Bin Laden quis estender o conflito para operações não-militares em outras partes do mundo[carece de fontes]; Azzam, por outro lado, quis manter-se focado em campanhas militares[carece de fontes]. Após o assassinato de Azzan em 1989, a MAK dividiu-se, com um número significante de membros se juntando à organização do bin Laden.
[editar] Guerra do Golfo: o início da inimizade com os Estados Unidos
Seguindo a retirada soviética do Afeganistão, Osama bin Laden retorna para a Arábia Saudita. A invasão iraquiana no Kuwait em 1990 pôs em risco o comando da Casa de Saud
pelos sauditas, tanto por dissidentes internos quanto pela iminente
possibilidade de um futuro expansionismo iraquiano. Face à massiva
presença militar iraquiana, os sauditas eram melhor armados, porém
defasados em número. Bin Laden ofereceu os serviços de seus mujahidin ao
Rei Fahd
para proteger a Arábia Saudita do exército iraquiano. Mas do ponto de
vista estratégico, fossem os iraquianos expulsos do Kuwait, a Arábia
Saudita seria a única ligação terrestre possível para forças
internacionais inibirem uma invasão iraquiana.
Depois de muita deliberação, o rei saudita recusou a oferta de bin Laden e optou por deixar os Estados Unidos
e as tropas aliadas montarem acampamento em seu país. Bin Laden
considerou a decisão um ultraje. Ele acreditava que a presença de
estrangeiros na terra das duas mesquitas (Meca e Medina)
profanaria solo sagrado. Depois de criticar publicamente o governo
saudita por acolher o exército estadunidense, bin Laden foi exilado e
teve sua cidadania saudita revogada. Logo depois, o movimento que viria a
ser conhecido como Al-Qaeda foi formado.
[editar] Sudão
Em 1991, a Frente Nacional Islâmica do Sudão,
um grupo islâmico que tinha ganhado poder recentemente, convidou a
Al-Qaeda à deslocar suas operações para dentro de seu país. Por vários
anos, a Al-Qaeda gerenciou vários negócios (incluindo negócios de
importação/exportação, fazendas, e empresas de construção) no que pode
ser considerado um período de consolidação financeira. O grupo foi
responsável pela construção de uma grande auto-estrada de 1.200 km conectando a capital Cartum ao Porto do Sudão. Mas também gerenciou alguns campos onde aspirantes foram treinados ao uso de armas de fogos e explosivos.
Em 1996, Osama bin Laden
foi convidado a se retirar do Sudão depois que os Estados Unidos
impingiu um regime de extrema pressão para que ele sua expulsão, citando
possíveis ligações dele com a tentativa de assassinato ao Presidente Hosni Mubarak do Egito enquanto sua carreata acontecia em Adis Abeba.
Há uma controvérsia sobre se o Sudão ofereceu entregar bin Laden para
os Estados Unidos antes de sua expulsão. O governo sudanense nunca fez
realmente esta oferta, mas estava preparado para entregá-lo à Arábia
Saudita, que se recusou a recebê-lo.
Osama bin Laden deixou finalmente o Sudão em uma operação bem
planejada e executada, acompanhado por cerca de 200 de seus seguidores e
suas famílias, que viajaram diretamente para Jalalabad, Afeganistão, no final de 1996.
[editar] Bósnia e Herzegovina
A separação da Bósnia da multicultural federação da Iugoslávia e a subseqüente declaração da independência da Bósnia e Herzegovina em outubro de 1991 abriu um novo conflito étnico e quase religioso no coração da Europa.
Na Bósnia e Herzegovina havia várias etnias diferentes, com uma maioria nominal muçulmana, mas com números significantes de outras etnias, como a Sérvia, que é cristã ortodoxa e Croácia, que é católico romana,
distribuídas pelo seu território. Ela se constituía em um grande porém
fraco componente militar da antiga Iugoslávia, e a desintegração
iugoslava acabou deixando alguns sérvios e croatas dentro da Bósnia,
suportados pelos seus estados adjacentes emergentes, engajados em um
conflito triplo contra a porção Bósnia dominada.
Veteranos árabes radicais da guerra contra os soviéticos no Afeganistão
buscavam na Bósnia uma nova oportunidade de defender o Islã. Cercados
em dois frontes e aparentemente abandonados pelo oeste, o regime bósnio
ansiava aceitar qualquer ajuda que pudesse conseguir, militar ou
financeiramente, incluindo a vinda de várias organizações islâmicas,
sendo a Al-Qaeda uma delas.[7]
Vários associados a Osama bin Laden (mais notadamente, o saudita Khalid bin Udah bin Muhammad al-Harbi, vulgo Abu Sulaiman al-Makki) se juntaram ao conflito na Bósnia,[8]
mas enquanto a Al-Qaeda deve ter inicialmente visto a Bósnia como uma
possível ponte que lhe permitiria a radicalização dos europeus
muçulmanos para operações contra outros estados europeus e os Estados
Unidos, a Bósnia
deve ter sido secularizada por gerações e seu interesse em lutar estava
amplamente limitado a assegurar a sobrevivência do estado nascente.
O "Mujahidin da Bósnia" (que compreendia amplamente os veteranos árabes de guerra Afegã e não necessariamente
os membros da Al-Qaeda) eram operados como uma ampla força autônoma
dentro da Bósnia central. Enquanto sua bravura no combate inicialmente
atraiu um pequeno número de bósnios nativos para que se juntassem a
eles, sua brutalidade e o crescente número de atrocidades cometidas
contra civis chocaram muitos bósnios nativos e repeliram novos recrutas.
Ao mesmo tempo, suas tentativas vigorosas em "islamizar" a população
local com regras sobre indumentária e comportamentos apropriados foram
amplamente repudiadas e desconsideradas. Em seu livro O Jihad da Al-Qaida na Europa: a ligação Afeganistão-Bósnia, Evan Kohlmann resume: "Apesar
dos esforços vigorosos para ‘islamizar’ a população muçulmana da
Bósnia, os nativos não podiam ser convencidos de abandonar os porcos, o
álcool e manifestações públicas de afeto. As mulheres Bósnias
persistentemente se recusaram a usar o hijab ou seguir os outros mandamentos para o comportamento feminino, prescritos pelo extremo fundamentalismo islâmico."
A assinatura do Acordo de Washington, em março de 1994, pôs um fim ao conflito Bósnia-Croácia. Enquanto o "Mujahidin da Bósnia" continuou a lutar contra os sérvios, o Acordo de Paz de Dayton de novembro de 1995
acabou com aquele conflito e fez com que os lutadores estrangeiros
debandassem e deixassem o país, ficando a ajuda condicionada a isto. Com
o apoio do governo da Bósnia, forças da OTAN entraram efetivamente em ação para fechar suas bases e deportá-los. A um número limitado de antigos mujahidin,
que tinham ou casado com nativas da Bósnia ou que não puderam achar um
país para o qual pudesse ir, foi permitido ficar na Bósnia e eles foram
agraciados com a cidadania bósnia. Mas com o fim da guerra na Bósnia,
muitos veteranos comprometidos e endurecidos pela batalha já haviam
retornado a territórios familiares.
[editar] Retorno ao Afeganistão
Após a retirada soviética, o Afeganistão
esteve efectivamente sem governo por sete anos, e sofreu com lutas
internas constantes entre os antigos aliados, os vários grupos mujahidin
e seus líderes.
Durante toda década de 1990 uma nova força começou a surgir. As origens do Talibã
(literalmente "estudantes") está em crianças afegãs, muitas delas orfãs
de guerra e muitas que haviam sido educadas na rede de escolas
islâmicas que expandiu rapidamente (os madraçais) tanto em Kandahar quanto em campos de refugiados na fronteira entre Afeganistão e Paquistão.
De acordo com o livro bem referenciado de Ahmad Rashid, Talibã,
cinco líderes do Talibã se formaram em um único madraçal, Darul Uloom
Haqqania, Akora Khattak, perto de Peshawar que está situada no
Paquistão, mas que era amplamente frequentada por refugiados afegãos.
Esta instituição refletia a crença Salafi em seus ensinamentos e muito
de seu financiamento veio de doações privadas de árabes ricos, para os
quais bin Laden oferecia continuidade. Quatro outras figuras de
liderança (incluindo o líder Talibã perseguido Mullah Mohammed Omar Mujahed) frequentaram um madraçal que possuía fundos similares e influenciaram o homólogo em Kandahar, Afeganistão.
Os laços entre os árabes afegãos e o Talibã eram profundos. Muitos
dos mujahidin que mais tarde se juntaram ao Talibã lutaram ao lado do
guerrilheiro afegão Mohammad Nabi no grupamento de Mohammadi Harkat i
Inqilabi na mesma época da invasão russa. Este grupamento também se
beneficiou da lealdade de muitos lutadores árabes afegãos.
Os conflitos internos contínuos entre as várias facções e o a falta
de leis que se estabeleceu após a retirada soviética permitiram que o
crescente e bem-disciplinado Talibã expandisse seu controle pelo território afegão, e assim eles estabeleceram um subterritório o qual chamaram Emirado Islâmico do Afeganistão. Em 1994 conquistaram o centro regional de Kandahar e conseguiram rápidos avanços territoriais logo após, vindo a conquistar a capital Cabul em setembro de 1996.
Após o Sudão deixar claro, naquele ano, que bin Laden e o seu grupo
não era mais bem vindo, o Afeganistão controlado pelo Talibã (com
conexões pré-estabelecidas entre os grupos, uma maneira similar de
encarar as relações mundiais e amplamente isolado da influência política
e militar dos Estados Unidos) garantia uma localização perfeita para o
quartel general da al Qaeda.
Cerca de duzentos seguidores de bin Laden e suas famílias partiram de Khartoum para Jalalabad por volta de 1996.
Logo em seguida a Al-Qaeda gozou da proteção do Talibã e uma certa
legitimidade por parte de seu Ministério da Defesa, apesar de somente o
Paquistão, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos reconheceram o Talibã como o legítimo governo do Afeganistão.
Os campos de treinamento da Al-Qaeda no Afeganistão e na fronteira
com o Paquistão podem ter treinado militantes muçulmanos do mundo todo.
Apesar da percepção de algumas pessoas, os membros da Al-Qaeda são
etnicamente diversos e estão conectados pela sua versão radical do Islã.
Uma rede sempre crescente de apoiadores usufruia desta forma de um
refúgio seguro no Afeganistão controlado pelo Talibã, até o grupo ter
sido derrotado por uma combinação de forças locais e tropas
norte-americanas em 2001.
Ainda acredita-se que Osama bin Laden e outros líderes da Al-Qaeda
estejam em áreas onde a população é simpatizante ao Talibã no
Afeganistão, ou ainda em tribos na fronteira com o Paquistão.
[editar] Início das operações militares contra civis
Em 23 de fevereiro de 1998, Osama bin Laden e Ayman al-Zawahiri do Jihad Islâmico do Egito instituíram a fatwa sobre a bandeira da Frente Islâmica Mundial pela Jihad contra os judeus e os crusados dizendo que "matar americanos e seus aliados, civis e militares é um dever individual de todos muçulmano capaz de fazê-lo."
Apesar de nenhum dos dois possuírem credenciais islâmicas, educação ou
estatura para instituírem uma fatwa de qualquer tipo, isto parece ter
sido desconsiderado no entusiasmo do momento. Este também foi o ano do
primeiro ataque de grande porte atribuído à Al-Qaeda, o bombardeio à
Embaixada dos Estados Unidos em 1998 na África do Leste, resultando em um total de trezentos mortos. Em 1999, o Jihad Islâmico do Egito uniu-se oficialmente à Al-Qaeda, e al-Zawahiri se tornou um confidente íntimo de bin Laden.
[editar] Ataques de 11 de setembro
Após os ataques de 11 de setembro atribuídos por autoridades à Al-Qaeda, os Estados Unidos
começaram a constituir forças militares e a se preparar para atacar o
Afeganistão (cujo governo protegia a organização de bin Laden) como
resposta. Nas semanas que precederam a invasão dos norte-americanos, o
Talibã ofereceu por duas vezes entregar bin Laden para um país neutro
para que fosse julgado, com a condição que os Estados Unidos provassem a
culpa de bin Laden nos ataques. Os Estados Unidos, entretanto, se
recusaram e logo depois invadiram o Afeganistão, e, junto com a Aliança Afegã do Norte, depuseram o governo Talibã.
Como resultado desta invasão, os campos de treinamento do Talibã
foram destruídos e muito da estrutura de operação atribuída à Al-Qaeda
foi desmantelada, apesar da forte resistência que permaneceu no país e
do fato de seus líderes principais, incluíndo bin Laden, não terem sido
capturados. O governo norte-americano agora afirma que dois terços dos
principais líderes de toda Al-Qaeda de 2001 estão sob sua custódia (incluindo Ramzi bin al-Shibh, Khalid Sheikh Mohammed, Abu Zubaydah, Saif al Islam el Masry, e Abd al-Rahim al-Nashiri) ou mortos (incluindo Mohammed Atef), apesar de alertar que a organização ainda existe e batalhas entre as forças dos Estados Unidos e o Talibã ainda continuam.
[editar] Suposta Ligação com Jovem no Brasil
Em 7 de abril de 2011, um jovem brasileiro chamado Wellington Menezes de Oliveira,
fez um atentado a Escola Municipal Tasso da Silveira, localizada no
bairro de Realengo, na cidade do Rio de Janeiro. Wellington Menezes de
Oliveira, de 23 anos, invadiu a escola armado com dois revólveres e
começou a disparar aleatoriamente contra os alunos presentes, chegando a
matar doze, todos menores de idade. Oliveira tentou fugir, mas foi
interceptado por policiais, cometendo suicídio. Segundo cartas do
atirador, ele teria uma suposta ligação com membros da Al-Qaeda, com os
nomes de Abdul e Phillip[9][10][11], uma carta de Wellington cita várias referências deixada pelo Terrorista Mohammed Atta, terrorista do 11 de setembro de 2001[12].
[editar] Actividade no Iraque
Osama bin Laden primeiro se interessou pelo Iraque quando este país invadiu o Kuwait em 1990 (o que levantou preocupações sobre o secular governo socialista iraquiano incluir em seu alvo a Arábia Saudita, pátria de bin Laden e do próprio Islã). Em uma carta enviada ao Rei Fahd da Arábia Saudita, bin Laden ofereceu mandar um exército de mujahidin para defender a Arábia Saudita.[13]
Durante a Guerra do Golfo, os interesses da organização se dividiram entre a rebeldia contra a intervenção das Nações Unidas na região e o ódio ao governo secular de Saddam Hussein, expressões de preocupação pelo sofrimento pelo qual o povo islâmico no Iraque vinha passando.
Bin Laden se referia à Saddam Hussein (e aos Baatistas) como o mal, um adorador do demônio ou capeta, em seus discursos e gravou e escreveu pronunciamentos, pedindo ao povo do Iraque que o depusesse.
Durante a invasão do Iraque de 2003,
a Al-Qaeda teve um interesse formal maior na região e dizem que foi a
responsável por organizar e ajudar ativamente a resistência local nas
forças de coalizão de ocupação e a democracia emergente. Durante as
eleições iraquianas em janeiro de 2005 a Al-Qaeda se responsabilizou por nove ataques suicidas em Bagdá, capital daquele país.
Abu Musab al-Zarqawi, fundador da Jama'at al-Tawhid wal-Jihad e suposto aliado da Al-Qaeda, se juntou formalmente à Al-Qaeda em 17 de outubro de 2004. A organização começou a adotar o nome de "Al-Qaeda na Terra entre os dois Rios: Iraque", ao invés do antigo nome Jama'at al-Tawhid wal-Jihad. Na fusão al-Zarqawi declarou lealdade à Osama bin Laden.
[editar] Papéis do Harmonia
Documentos resgatados da Al-Qaeda tornaram-se públicos recentemente,
saindo do banco de dados Harmony e viraram assunto de um estudo
publicado pelo Ponto Oeste intitulado Harmonia e Desarmonia: Explorando as Vulnerabilidades Organizacionais da Al-Qaeda. (ver link nas ligações externas).
Estes papéis dão uma visão interessante da história do movimento, sua
organização estrutural, as tensões entre os líderes e as lições
aprendidas.
Um escritor da Al-Qaeda concluiu que uma das lições aprendidas é como
a influência do pensamento secular Baatista distorce a mensagem do Jihad. Ele aconselha o movimento a não permitir que a mensagem do Jihad seja influenciada pela mensagem Baati iraquiana. (ver página 79 do documento citado acima).
[editar] Atividades do grupo
[editar] Incidentes atribuidos à Al-Qaeda
Nota: A Al-Qaeda não se responsabiliza pela maioria das ações
descritas abaixo, o que resulta em ambigüidade sobre quantos atentados o
grupo realmente cometeu. Após a declaração dos Estados Unidos da Guerra contra o Terrorismo em 2001,
o governo norte-americano tem lutado para enfatizar qualquer conexão
entre outros grupos terroristas à Al-Qaeda. Alguns preferem chamar as
ações de "Al-Qaedistas", ou seja, que não devem ter sido diretamente
planejadas pela Al-Qaeda como um quartel militar, mas que foram
inspiradas pelos seus pilares e suas estratégias.
O primeiro atentado militante que a Al-Qaeda alegadamente realizou,
consistiu-se de três bombas em hotéis onde tropas americanas estavam
hospedadas em Aden, Yemen, em 29 de dezembro de 1992. Dois turistas, um do Yemen e outro da Áustria morreram neste atentado.
Há protestos aclamados de que as operações da Al-Qaeda foram responsáveis pelo abatimento de um helicóptero norte-americano e na morte de norte-americanos em serviço na Somália em 1993. (ver Batalha de Mogadishu).
Ramzi Yousef, que estava envolvido no atentado de 1993 ao World Trade Center (apesar de provavelmente não ser um membro da Al-Qaeda naquela época) e Khalid Sheik Mohammed planejaram a Operação Bojinka, que visava destruir aeronaves em vôo no meio do oceano pacífico usando explosivos. Um incêndio em um apartamento em Manila, Filipinas revelou o plano antes que ele pudesse ser implementado. Youssef foi preso, mas Mohammed escapou à captura até 2003.
A Al-Qaeda é frequentemente citada como suspeita de haver cometido dois atentados na Arábia Saudita em 1995 e 1996: as bombas colocadas em acampamentos norte-americanos em Riyadh em Novembro de 1995, que mataram duas pessoas da Índia e cinco norte-americanos, e outro em junho de 1996 atentado às Torres Khobar, que mataram pessoal militar americano em Dhahran, Arábia Saudita. Entretanto, estes atentados são também frequentemente atribuídos ao Hizbullah.
Acredita-se que a Al-Qaeda conduziu o Atentado à Embaixadas Norte Americanas de 1998 em agosto de 1998 em Nairobi, Kenia, e em Dar es Salaam, Tanzânia, matando mais de duzentas pessoas e ferindo mais de cinco mil outras.
Entre dezembro de 1999 até 2000, a Al-Qaeda fez os Planos de Atentados do Milênio 2000 contra os Estados Unidos e turistas israelenses que visitavam a Jordânia
para as comemorações do milênio; entretanto, as autoridades jordanianas
impediram os atentados planejados e levaram 28 suspeitos à julgamento.
Parte desta trama incluiu bombas planejadas ao Aeroporto Internacional de Los Angeles em Los Angeles, Califórnia. Estes planos fracassaram quando o homem-bomba Ahmed Ressam foi pego na fronteira dos Estados Unidos com o Canadá com explosivos no porta-mala de seu carro. A Al-Qaeda também planejou atacar os USS Sullivans (DDG-68) em 31 de janeiro de 2000, mas os esforços não foram bem sucedidos devido ao peso excessivo que colocado no pequeno barco que iria bombardear o navio.
Apesar do revés com o USS Sullivans, a Al-Qaeda teve sucesso em explodir uma esquadra americana em outubro de 2000 com o bombardeiro USS Cole. A polícia alemã frustrou o esquema de destruir a catedral de Notre-Dame de Strasbourg em Strasbourg, França, em dezembro de 2000. (ver A trama para explodir a Catedral de Strasbourg).
O ato mais destrutivo atribuído à Al-Qaeda foi uma série de atentados aos Estados Unidos, os ataques de 11 de Setembro de 2001.
Vários atentados e tentativas de atentados desde 11 de setembro de 2001 foram atribuídos à Al-Qaeda. O primeiro foi o esquema para atacar a Embaixada de Paris, que foi descoberto. O segundo diz respeito a uma tentativa de atentado de um homem com um calçado bomba, Richard Reid, que se auto proclamou um seguidor de Osama bin Laden e quase destruiu o vôo 63 da American Airlines.
Outros atentados atribuídos à Al-Qaeda e seus afiliados incluem:
- O esquema para atacar as embaixadas de Singapura;
- O sequestro e assassinato do repórter Daniel Pearl do Wall Street Journal e várias explosões no Paquistão;
- O atentado à sinagoga de El Ghriba em Djerba, Tunísia, que matou 21 pessoas;
- Ataques frustrados às esquadras ocidentais no Estreito de Gibraltar;
- O atentado ao tanque Limburg;
- Um carro bomba Keniano em Mombasa, Kenia e a tentativa de abater um avião israelense em novembro de 2002;
- As explosões compostas em Riyadh em maio de 2003 e outros atentados da Insurgência da Arábia Saudita;
- As explosões de Istambul em Istambul, Turquia, em 2003.
A Al-Qaeda tem ligações fortes com várias outras organizações militantes, incluindo o grupo extremista indonésio Jemaah Islamiyah. Este grupo foi o responsável pelo atentado de Bali em outubro de 2002 e aos atentados de 2005 em Bali.
Apesar de não haver atentados identificados da Al-Qaeda dentro do território dos Estados Unidos desde os atentados de 11 de setembro de 2001, vários atentados da Al-Qaeda no Oriente Médio, Extremo Oriente, África e Europa causaram casualidades e tumultos extensivos. Na conclusão de vários atentados a trens urbanos de Madrid em 11 de março de 2004, um jornal de Londres
relatou ter recebido um e-mail de um grupo afiliado à Al-Qaeda,
assumindo a responsabilidade e um vídeo assumindo a responsabilidade
também foi achado. O senso de oportunidade dos atentados com as eleições
espanholas, e também a falta de provas da real identidade dos
criminosos levou à dúvidas a respeito da teoria da Al-Qaeda por trás
destes atentados.
Também se acredita que a Al-Qaeda esteja envolvida nas explosões de 7 de julho de 2005 em Londres, uma série de atentados no trânsito urbano em Londres que mataram 56 pessoas (ver Mohammad Sidique Khan).
Um grupo previamente desconhecido denominado "A Organização Secreta da
Al-Qaeda na Europa" fez uma declaração se responsabilizando. Entretanto,
a autenticidade desta declaração e a ligação do grupo com a Al-Qaeda
não foi identificada de maneira independente. Os suspeitos criminosos
não estão definitivamente ligados à Al-Qaeda, apesar do conteúdo de um
vídeo feito por um dos homens bomba Mohammad Sidique Khan antes de sua morte e em seguida enviado à Al Jazeera
que dão fortes credenciais à conexão com a Al-Qaeda. Um grupo
aparentemente desconecto conseguiu refazer este atentado mais tarde
naquele mês, mas suas bombas falharam em detonar.
Suspeita-se que a Al-Qaeda esteja envolvida com os atentados de Sharm el-Sheikh em 2005 no Egito. Em 23 de julho de 2005,
uma série de carros bombas mataram cerca de 90 pessoas e feriram mais
de 150. O atentado foi a ação terrorista mais violenta na história do Egito.
Suspeita-se também que a Al-Qaeda seja responsável pelos três atentados simultâneos em 9 de novembro de 2005 em Amman, Jordânia
que ocorreram em hotéis norte-americanos. As explosões mataram pelo
menos 57 e feriram 120 pessoas. A maioria dos feridos e mortos estavam
em uma festa de casamento no Hotel Radisson.
[editar] Atividades na Internet
No início de sua retirada do Afeganistão, a Al-Qaeda e seus
sucessores devem ter migrado em fila para escapar da detenção em uma
atmosfera de vigilância internacional crescente. Como resultado, o uso
da Internet pela organização ficou mais sofisticado, abrangendo
financiamento, recrutamento, contatos, mobilização, publicidade, tanto
quanto disseminação da informação, união e compartilhamento. Mais que
qualquer outra organização terrorista, a Al-Qaeda elegeu a Web para
estes propósitos. Por exemplo, Abu Musab al-Zarqawi do movimento da Al-Qaeda no Iraque
regularmente solta vídeos curtos glorificando as atividades dos homens
bomba suicidas do jihadist. A crescente variedade de conteúdos
multimédia inclui clipes de treinamento terrorista, fotografias de
vítimas que logo serão assassinadas, testemunhos de homens bomba
suicidas e vídeos épicos com altos valores de produção que romanceiam a
participação no jihad através de retratos estilizados de mesquitas e
emocionantes partituras musicais. Uma página da internet associada à
Al-Qaeda, por exemplo, mostrava um vídeo de um homem chamado Nick Berg sendo decapitado no Iraque. Outros vídeos e fotos de decapitação, incluindo aqueles do sequestro de Paul Johnson, Kim Sun-il, e Daniel Pearl, foram colocados primeiro em páginas jihadist.
Com o surgimento dos terroristas "com raízes locais e inspirados
globalmente", especialistas em contra-terrorismo estão sempre estudando
como a Al-Qaeda está usando a Internet – através de websites, salas de
discussão, fóruns de discussão, mensagens instantâneas, e tudo mais –
para inspirar uma rede mundial de apoio. Os homens bomba de 7 de julho
de 2005, alguns dos quais estavam bem integrados em suas comunidades
locais, são um exemplo de terroristas "globalmente inspirados" e eles
usaram noticiadamente a Internet para planejar e coordenar, mas o papel
preciso da Internet no processo de radicalização não é completamente
compreendido. Um grupo chamado a Organização Secreta da Al-Qaeda na
Europa reivindicou a responsabilidade destes atentados Londrinos em uma
página militante islamista – outro uso popular da Internet por
terroristas buscando publicidade.
A oportunidade de publicidade oferecida pela Internet tem sido
particularmente explorada pela Al-Qaeda. Em dezembro de 2004, por
exemplo, bin Laden lançou uma mensagem de áudio diretamente em uma
página, ao invés de mandar uma cópia para a al Jazeera
como ele havia feito no passado. Alguns analistas especularam que ele
fez isto para ter certeza que o vídeo estaria disponível sem edição, sem
medo que sua crítica da Arábia Saudita — que era muito mais veemente
que o usual em seu discurso, pois durou mais de uma hora — pudesse ser
editada pelos editores da al Jazeera preocupados em ofender os emotiva família real Saudita.
No passado, a Alneda.com e a Jehad.net
eram talvez os sites mais significantes da Al-Qaeda websites. Alneda
foi inicialmente desmontada por americanos, mas os operadores resistiram
mudando o site para vários servidores e mudando estrategicamente seu
conteúdo. Os EUA estão atualmente tentando extraditar um especialista em
IT, Babar Ahmad, do Reino Unido, que é o criador de vários websites de
língua inglesa da Al-Qaeda tais como Azzam.com.[14][15] Várias organizações muçulmanas inglesas, tais como a Associação Muçulmana da Bretanha, se opõem à extradição de Ahmad's.
Finalmente, em uma apresentação para analistas de terrorismo dos EUA
em meados de 2005, Dennis Pluchinsky chamou o movimento jihadist de
"Web-direcionado," e o ex diretor da CIA, John E. McLaughlin também
disse que ele é agora primariamente direcionado pela "ideologia e pela
Internet."
[editar] Atividades financeiras
As atividades financeiras da Al-Qaeda tem sido a maior preocupação do
governo dos EUA após os atentados de 11 de setembro de 2001, que
levaram por exemplo à descoberta da evasão de taxas do ex ditador
Chileno Augusto Pinochet, pela qual sua esposa Lucía Hiriart de Pinochet, foi presa em janeiro de 2006. Também, foi descoberto pelo repórter investigativo Denis Robert que fundos de Osama bin Laden no Banco Internacional do Bahrain transitaram através de contas ilegais e não publicadas de "casa limpa" Clearstream, que foram qualificadas como um "banco dos bancos".
FONTE: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.
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